Caso Érika: Amiga que estava no carro presta novo depoimento e ajuda nas investigações

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Fotos: Arquivo SF Notícias.

Após receber alta do Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, a jovem Kissila Rosa, de 19 anos, prestou um novo depoimento para a Polícia, que prossegue com as investigações em torno do crime cometido pelo bombeiro Fernando Penna, de São Fidélis, que assassinou sua ex-esposa, Érika da Conceição, e praticou tentativa de homicídio contra Kissila, amiga da vítima, que presenciou quase todas as cenas.

O novo depoimento confirmou algumas possibilidades e acrescentou novas informações ao inquérito policial, que tem o prazo de 30 dias após a prisão de Fernando para ser concluído. Segundo o delegado titular da 141ª Delegacia Policial, Rodrigo Maia, Kissila disse que as duas realmente estavam inicialmente sozinhas no carro, dirigido por Érika, e deram carona para Fernando em frente ao condomínio da Penha. Ao entrar no carro, o bombeiro assumiu a condução, enquanto Érika passou para o banco de trás. Kissila, que estava no banco de carona, relatou que estava mexendo no celular e não sabe exatamente por quais ruas foi feito o percurso dentro de São Fidélis, mas lembra que eles não passaram pela Ipuca, quebrando uma hipótese levantada, e sim foram direto para a RJ-158, a caminho de Campos.

Durante a viagem, Fernando teria pedido para as duas trocarem de lugar. Elas o fizeram com o veículo em movimento, com a ex-esposa passando para o banco da frente. A grande mudança em relação ao que já havia sido apurado na reconstituição foi que Kissila negou que estava com a faca usada no crime, desmentindo o que foi dito por Fernando. Ela alega que a faca já estava com ele, que começou as agressões. Os primeiros cortes em seu corpo teriam acontecido enquanto ela tentava tomar a faca da mão dele. De acordo com informação da Polícia Civil, Kissila levou um total de 37 facadas, e se fingiu de morta até ser jogada no bairro Julião Nogueira, próximo ao Shopping Boulevard, em Campos.

corpo mulher 4Outro fato que se confirmou foi que a morte de Érika aconteceu antes de Kissila ser dispensada. A briga teria realmente começado durante a viagem, dentro do carro, e se agravado nas proximidades da Fazenda da Pedra, onde foi encontrado o corpo da vítima. Tentando permanecer viva, Érika fugiu do carro e foi perseguida a pé por Fernando, que acertou mais algumas facadas nas costas. Segundo o que foi apontado na reconstituição, ela teria caído dentro de uma vala enquanto corria, e o bombeiro aproveitou para concluir o crime com pedradas.

A hipótese estudada é de crime premeditado, dado o histórico das brigas e da tentativa de reaproximação de Fernando com a ex-esposa, além dele já estar com uma faca ao levar as duas para Campos. Fernando alega que Érika e Kissila mantinham um relacionamento amoroso, e que ele tentava reatar o casamento, o que culminou com o crime.

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