Sem ser aberto para pacientes, hospital de campanha de Friburgo será desmontado no dia 5 de agosto

Dos sete hospitais prometidos pelo governo Witzel, apenas dois ficaram prontos. Secretário de saúde disse que as unidades seriam desmontadas quando houvesse redução de casos e óbitos, e quando o número de leitos na rede fosse suficiente. Para ele, este momento chegou. 

O secretário de Estado de Saúde, Alex Bousquet, divulgou o cronograma para o que o Governo do Estado vem chamando de desmobilização dos hospitais de campanha. Nada mais é do que o desmonte das unidades. Das sete prometidas por Wilson Witzel, apenas duas ficaram prontas. As demais, nem chegaram a ser totalmente concluídas e serão desmontadas sem receber sequer um paciente. Os contratos firmados pelo estado para a construção desses hospitais são alvos de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, e até o ex-secretário de saúde do estado, Edmar Santos, foi preso. As primeiras unidades a serem desmontadas são Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Nova Friburgo. O desmonte das estruturas, as lonas instaladas, começa no dia 05 de agosto. Já as unidades de São Gonçalo e Maracanã serão desmontadas depois do dia 12. As unidades de Campos e Casimiro de Abreu ficaram pelo caminho.

Segundo o secretário Alex Bousquet, a decisão de desmontar as unidades foi baseada em critérios técnicos e é mais uma fase do planejamento estratégico de enfrentamento à Covid-19 no estado. O secretário reafirmou que as determinações judiciais sobre os hospitais de campanha serão respeitadas e que a desmobilização só ocorrerá quando não houver obstáculos jurídicos. Segundo ele, o fechamento dos hospitais de campanha não terá impacto no atendimento dos pacientes que necessitam de internação. A rede de saúde referenciada para coronavírus conta atualmente com mais de 900 leitos, número que poderá ser ampliado com o apoio da SES aos municípios. “Desde o princípio, era previsto que os hospitais de campanha encerrassem as atividades quando houvesse a redução da curva de casos e óbitos, e quando a oferta de leitos da rede de saúde existente fosse suficiente. Este momento chegou. O passo foi avaliado em conjunto com técnicos do Governo”, explicou o secretário.

Os equipamentos dos hospitais de campanha desmobilizados irão reforçar as redes municipais de saúde e possibilitar a abertura de novos leitos. A nova estratégia, que inclui também a pactuação de leitos nos municípios e suporte operacional com profissionais e insumos, direciona para a assistência aproveitando as estruturas das unidades locais, num cenário em que a previsão de uma segunda onda da doença perde força, como explica o médico da SES, Alexandre Chieppe. “A OMS redefiniu o que chamamos de segunda onda. Trazendo pra realidade do Rio de Janeiro, o que devemos observar será uma extensão da primeira onda, que já aconteceu nas regiões metropolitanas I e II, onde está concentrada 80% da população fluminense. Hoje há uma interiorização do vírus, atingindo uma população bem menor e revelando uma capacidade de resposta da rede pública de saúde maior”, apontou.

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