Prisão domiciliar é revogada e Pedro Fernandes, ex-secretário estadual de Educação, é levado para cadeia

Fernandes foi preso na segunda fase da Operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. Como apresentou exame positivo para Covid-19, ele estava em prisão domiciliar
Fotos: SF Notícias

O ex-secretário de estado de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, foi encaminhado para o sistema prisional nesta quarta-feira (30/09). Atendendo a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a juíza Ana Helena Motta Valle, da 26ª Vara Criminal, revogou a prisão domiciliar do ex-secretário. Ele havia sido preso no dia 11, em um desdobramento da Operação Catarata, mas como apresentou exame positivo para coronavírus ficou em prisão domiciliar. Fernandes foi levado para o presídio José Frederico Marques, em Benfica. Ao portal G1, a defesa de Pedro Fernandes informou que ele não teve alta médica. “Isso quer dizer que ele ainda pode estar transmitindo a doença. Mesmo assim, houve a decisão de hoje que revoga a prisão domiciliar. Pedro Fernandes sempre esteve à disposição da Justiça e vai demonstrar sua inocência no curso do processo”, diz a nota. O ex-secretário é suspeito de envolvimento em esquema de desvios de recursos públicos em contratos da área de assistência social no estado e no município do Rio de Janeiro, entre 2013 e 2018. (continua após a publicidade)

Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), os denunciados na segunda fase da Operação Catarata são acusados de crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais, além do crime de embaraçar investigação de organização criminosa. No dia 11, os mandados prisionais foram expedidos em desfavor do empresário Flavio Salomão Chadud e de seu pai, o delegado da PCERJ Mario Jamil Chadud; do ex-deputado estadual Pedro Fernandes, ex-secretário estadual e municipal de Assistência Social e titular da pasta de Educação do Estado; da ex-vereadora e ex-deputada federal Cristiane Brasil; e do ex-diretor de administração financeira (DAF) da Fundação Leão XIII, João Marcos Borges Mattos. “O núcleo político, composto por Cristiane Brasil, Pedro Fernandes, Sergio Fernandes e João Marcos Borges Mattos, era responsável por viabilizar as fraudes licitatórias em suas respectivas pastas, por prorrogar os contratos fraudulentos, mediante recebimento de “propina”, que variava de 5% a 25% do valor pago pelo contrato” – alega o MPRJ.

VEJA MAIS

VEJA MAIS

plugins premium WordPress