Piloto e escritor, morador de Cordeiro conta como venceu a depressão e alerta: “não é frescura, é uma doença que mata”

Para ele a depressão é um acúmulo de coisas passadas que vamos carregando. Antes de buscar ajuda, ele conta que chegou a pensar em suicídio
Fotos: Arquivo pessoal

Uma história de superação contra aquela que é considerada a “doença do século”. Há alguns anos, Geovani Diniz, natural de Cordeiro, na Região Serrana do Rio, estava entre os mais de 10 milhões de brasileiros que sofrem de depressão. Mas, após buscar tratamento ele conseguiu vencer essa batalha. “Eu não sei exatamente quando começou, depressão é um acúmulo de coisas passadas que vamos carregando, sinais da infância, adolescência, tristezas, frustações causadas pela vida e outras de minha mente mesmo, da forma que pensava e agia” – relata o piloto e escritor cordeirense. O período entre 2012 e 2014 foi difícil. Geovani conta que sofreu muitas pressões, com término de relacionamento, separação dos pais e morte da avó. No trabalho, viajava muito e estava responsável por três projetos em fábricas diferentes. A saúde também não ia bem, já que se alimentava mal e dormia pouco. O dia 19 de abril de 2014 foi uma data que ficou marcada. Em um hotel, sem conseguir dormir, com forte dor no peito e chorando sem motivo, Geovani foi a um local pensando em suicídio. “Tão grande era a angústia que estava sentindo, mas veio uma voz em minha mente e me disse para voltar para o hotel, que na verdade eu queria era acabar com a tristeza, angústia, a dor, não com minha vida, assim eu fiz. Em meio a tristeza Deus se fez presente. A fé foi de suma importância para minha melhora” – conta. (continua após a publicidade)

Para o escritor, o que o levou a depressão foi o excesso de tristezas e a baixa da serotonina e melatonina, por não se alimentar bem e dormir pouco. “Eu procurei ajuda, fui em dois especialistas que diagnosticaram uma depressão profunda e tive que me afastar do trabalho. Retornei para minha cidade e dei início ao tratamento” – lembra. Ele começou ainda a estudar sobre o assunto, passando a se conhecer melhor. “Mesmo em um desânimo enorme e choros incontroláveis, eu tinha consciência de que se eu não me ajudasse esse processo iria ser longo. Nos estudos que fiz, vi que atividade física ajudava, comprei uma bicicleta e comecei sair cedo para pedalar, tinha noite que nem dormia, mas eu ia mesmo assim. Pesquisei sobre alimentos percursores de serotonina e comecei a consumir, em pouco tempo fui me sentindo melhor e voltei a trabalhar, gerenciando o maior projeto que trabalhei até hoje. Anos depois me formei como piloto comercial de helicóptero, Coach, inteligência emocional, e recentemente escrevi dois livros” – destaca. Um dos livros foi ‘Política Humanizada – Técnicas para vencer’, com técnicas para se alcançar excelentes resultados em diversas áreas da vida. (Saiba mais AQUI) (continua após a publicidade)

Fotos: Arquivo pessoal

A ajuda familiar, de amigos e profissionais especialistas, para o cordeirense são essenciais. Falar sobre o assunto é fundamental. “Expor a situação com pessoas de confiança, buscar ajuda sim, é o que vai fazer a pessoa sair dessa situação, é se conhecer e reconhecer o que causou a depressão. Sem sombra de dúvidas, atividade física, alimentação balanceada e noites de sono reparador, irão contribuir para a melhora. Criar novos hábitos, estar próximo de pessoas positivas, ler livros, assistir bons filmes, ouvir boa música, tudo isso contribui. Se atentar para os quatro principais pilares da saúde: física, mental, social e espiritual” – frisa. Geovani destaca ainda que independentemente do mês, não só no Setembro Amarelo, as pessoas precisam de informação e apoio. “É muito importante procurar ajuda, mas também parentes e amigos perceberem as atitudes que podem levar ao suicídio, e levar a sério, depressão não é frescura, é uma doença que mata” – enfatiza. Ele se colocou a disposição de todos que desejarem conversar sobre o assunto através de seu Instagram: @geovanidinizcoach. Aqueles que estão sofrendo com a doença podem buscar ajuda através do Centro de Valorização da Vida por meio do telefone 188, e também por chat e e-mail. Cerca de 4 mil voluntários, em mais de 120 postos, prestam serviço voluntário e gratuito 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, aos que querem e precisam conversar sobre seus sentimentos, dores e descobertas, dificuldades e alegrias. De forma sigilosa e sem julgamentos, o voluntário do CVV busca ouvir aquele que liga com profundo respeito, aceitação, confiança e compreensão, valorizando a vida e, consequentemente, prevenindo o suicídio. Saiba mais AQUI.

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