Para policiais, motoristas e moradores, RJ-158 deveria ter posto de policiamento entre Campos e São Fidélis

São inúmeros casos de assaltos e roubos de cargas entre os dois municípios

Para muitos, já passou da hora da RJ-158, no trecho entre Campos e São Fidélis, ter um posto de policiamento da Polícia Rodoviária Estadual. Os 48 quilômetros entre as duas cidades possuem um alto índice de assaltos e roubos de cargas. Muitos fidelenses, que precisam usar a via diariamente, digerem com receio de serem as próximas vítimas. Chamada de “Rodovia do Medo” por muitos, a RJ-158 também passou a ser uma espécie de base para ações em outros locais da região, é o que mostram os últimos registros de roubos em rodovias do Norte, Noroeste e Região Serrana.

Em fevereiro desse ano, uma família de São Fidélis viveu momentos de horror. Mãe, pai e filha, de apenas 13 anos, foram rendidos por homens armados e assaltados. Reveja AQUI. No mês passado, um caminhoneiro de 38 anos e seus dois ajudantes – um de 34 e outro de 35 anos – foram rendidos por homens armados na RJ-174, entre Trajano de Moraes e Visconde do Imbé. Os três foram amarrados e abandonados na localidade de Alto do Imbé, em Santa Maria Madalena. O caminhão, que é de uma empresa de Conceição de Macabu, foi levado para um posto de combustíveis em São Fidélis, de onde seguia para Campos, mas foi interceptado pela PM na RJ-158, em Santa Cruz. Reveja AQUI.

Para muitos, os quebra-molas colocados pelo Departamento de Estradas e Rodagens entre Itereré e o trevo da fábrica de sucos estão ajudando nos assaltos. Recentemente, duas moradoras de Itaocara foram abordadas ao reduzirem a velocidade em um quebra-molas colocado no trevo da fábrica de sucos. Os bandidos levaram carros, dinheiros e outros pertences. Reveja AQUI.

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Os casos citados acima são alguns dos muitos ocorridos esse ano. Ano passado também houve muitos casos. Em novembro, por exemplo, bandidos armados renderam o motorista de um caminhão e seu ajudante em Bom Jardim, na Região Serrana. Os dois foram levados até um canavial entre São Fidélis e Campos, onde foram deixados. A carga foi levada para um sítio entre Aperibé e Pádua. Em uma ação rápida, a polícia recuperou a carga e o caminhão. Reveja AQUI.

No mesmo mês, um caminhoneiro foi rendido por bandidos na RJ-192 em Cambiasca. Ele também foi levado para um canavial na RJ-158, onde foi deixado amarrado em uma árvore. Reveja AQUI. Em fevereiro daquele ano, dois carros que transportavam remédios foram abordados na BR-356 em Cardoso Moreira. Os motoristas foram feitos reféns e levados para um canavial na RJ-158, em São Fidélis, onde toda a carga foi roubada. Reveja AQUI. Já em julho, um taxista assaltado em Campos também foi deixado amarrado em um canavial na rodovia. Reveja AQUI.

Diante do grande número de assaltos, em 2014 o SF Notícias fez uma reportagem especial mostrando como era ação dos criminosos. Os assaltos aconteciam no trecho entre a passagem de nível da linha férrea (Antes da chegada de Itereré) até a fábrica de sucos, passando pela entrada de Rio Preto. Para fechar a rodovia, os bandidos usavam pedaços de madeiras, galhos e pedras grandes que ficam ao lado da rodovia em frente a um bar. Como o bar fica logo depois de uma curva, os usuários da rodovia acabavam dando de cara com o bloqueio, e sem saber o que fazer, paravam o veículo e se tornavam vítimas dos criminosos.

Naquele ano, cinco pessoas foram presas acusadas de praticarem assaltos na rodovia. Na casa de um deles os policiais encontraram três armas, toucas ninja, quatro camisas da Polícia Civil e duas da Polícia Militar, dois pares de algemas e dois giroflex. Três deles trocaram tiros com policiais em Itaocara. Eles foram perseguidos após tentarem assaltar um comércio em Pureza. Um foi baleado no abdômen. Com eles foram apreendidas duas armas. O carro usado por eles foi citado em diversas ocorrências de assaltos na RJ-158 entre Campos, São Fidélis e Itaocara, além de denúncias do estado do Espírito Santo.

Posto de policiamento na rodovia 

Para muitos policiais, que preferiram ficar no anonimato, já passou da hora do trecho ter um posto do BPRv. Ao ser questionada pela nossa redação, a Polícia Militar se limitou a dizer que “o patrulhamento é realizado de forma dinâmica, com rondas em viaturas e motocicletas, atendendo ocorrências a partir do 190 e também o patrulhamento ostensivo em locais onde a mancha criminal é mais acentuada“.

A PM também disse que “os registros em delegacias são de extrema importância, pois ajudam na confecção da mancha criminal e consequentemente na alocação eficiente de recursos humanos e materiaisSolicitamos que denúncias sejam feitas através do telefone 190 ou Disque-Denúncia 2253-1177″.

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