Onça-parda é flagrada em Reserva Biológica Estadual na Região Serrana do RJ

Segundo maior felino do Brasil, a espécie tem baixa população naturalmente, e está ameaçada pelo avanço da ação humana no habitat onde vive

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) registrou em abril a presença de uma onça-parda (Puma concolor) dentro dos limites da Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A unidade de conservação é administrada pelo órgão. Segundo maior felino do Brasil, a espécie tem baixa população naturalmente, e está ameaçada pelo avanço da ação humana no habitat onde vive.

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O monitoramento de animais no local é feito por meio de armadilhas fotográficas que foram destinadas à unidade de conservação por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público Estadual (MPE). O equipamento auxilia a equipe da Rebio no monitoramento da qualidade ambiental da fauna. Com o auxílio da tecnologia, já foram registradas na Rebio Araras diversas espécies como o Gato-maracajá (Leopardus wiedii), e o Gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), também ameaçados de extinção. Somente no ano de 2021, foram contabilizados cinco registros da onça-parda dentro dos limites da reserva.

“Pelas características de vida do animal, é possível perceber que a floresta está em equilíbrio, não somente a Rebio Araras, mas também outras unidades de conservação vizinhas que conseguem proteger todo este ambiente florestal e permitir que a espécie sobreviva”, afirma a gestora da Reserva Biológica de Araras, Érica Melo.

A onça-parda alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas onde ocorre. A espécie tem a capacidade de adaptação a vários tipos de ambientes, de desertos quentes aos altiplanos andinos, com maior atividade ao entardecer e à noite.

Sobre a unidade de conservação
Localizada na Região Serrana do Rio e com 3.837 hectares de área, a Rebio Araras protege em seu interior, aproximadamente, 110 nascentes e 100 km de extensão de cursos hídricos. Além disso, no âmbito do Mosaico Central Fluminense, conecta a Reserva Biológica do Tinguá à Zona de Vida Silvestre da Área de Proteção Ambiental (APA) Petrópolis, duas grandes unidades federais da Região Serrana. O Instituto Estadual do Ambiente ressalta que na reserva são permitidas apenas visitas de cunho educacional e/ou realização de pesquisas científicas, mediante autorização prévia.

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