A eleição para o Conselho Tutelar de São Fidélis, no Norte do estado do Rio, está sendo investigada pelo Ministério Público Estadual. A suspeita é de compra de votos, e outras irregularidades, que teriam beneficiado os candidatos eleitos. O conselho caiu no descrédito de grande parte dos moradores, segundo os denunciantes.
A denúncia chegou ao Ministério Público da cidade na última terça-feira (20 de agosto), feita por sete candidatos que se sentiram lesados. Os denunciantes entregaram, a um promotor de justiça, imagens de câmeras de segurança que podem caracterizar uma compra de votos.
Nossa equipe esteve na sede Ministério Público e conversou com o promotor, o qual não pode passar muitos detalhes sobre a investigação. O promotor disse que está investigando as denúncias e tentando reunir elementos que comprove a denúncia. Caso tudo se confirme, a promotoria pode pedir o cancelamento da posse dos envolvidos, ou a destituição deles caso não de tempo de comprovar antes da posse. O promotor disse ainda que para ser um conselheiro tutelar, as pessoas têm que ter idoneidade moral e ficha limpa na justiça.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Paulo César Rodrigues Silva, a eleição para o Conselho Tutelar foi fiscalizada e nenhuma denúncia foi comprovada. “Monitoramos a fiscalização não só no dia da eleição, mas desde que começou a campanha. Assim que recebíamos denúncias, íamos ao local e não constatamos nenhuma irregularidade. O que há na cidade são descontentamentos de candidatos que perderam a eleição e acusam sem provas.”.
Segundo Paulo, o caso está sendo investigado pelo Ministério Público e se algum conselheiro for condenado, será exonerado. Quanto a idoneidade moral dos conselheiros, não há irregularidades, “pois o conselheiro que engravidou uma adolescente de 16 anos casou-se com ela. O MP só afastará algum conselheiro se ele for condenado”, falou.
Fotos/Equipe SFn
Colaborou/ Terceira Via