Macaco Bugio é resgatado após ser atingido por descarga elétrica em Valão do Barro, em São Sebastião do Alto

O primata tomou um choque ao subir em um poste. O Bugio foi batizado de Momo por conta do período de Carnaval. O Inea chegou a divulgar que o resgate havia sido em São Fidélis, mas na verdade foi em Valão do Barro

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), através de uma equipe do Parque Estadual do Desengano, resgatou um Bugio que tomou um choque ao subir em um poste de luz na localidade de Valão do Barro, em São Sebastião do Alto. Ao ser atingido pela descarga elétrica, o animal caiu em uma casa onde havia dois veterinários, que prestaram os primeiros socorros e acionaram o Parque Estadual do Desengano. O caso aconteceu na última terça, dia 1º de março.

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Devido às altas temperaturas e à distância entre Valão do Barro e o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), que fica em Guapimirim, o bugio foi levado ao Parque Estadual do Desengano para receber os demais cuidados necessários, e no dia seguinte, foi encaminhado para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), onde está se recuperando. A exposição ao sol por muito tempo poderia debilitá-lo ainda mais, por isso ele foi levado ao Desengano primeiro.

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O bugio, que foi batizado de Momo por conta do Carnaval, está recebendo os devidos cuidados no CPRJ, centro especializado em primatas administrado pelo Inea. “Ele está em observação, sendo medicado. Foi encontrado muito abatido devido ao acidente e pelas altas temperaturas às quais ficou exposto. As próximas 48 horas serão cruciais para sua recuperação. Estamos todos torcendo muito para que ele fique bem”, pontuou o gestor do Parque estadual do Desengano, Carlos Dário.

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Idealizado pelo primatólogo e conservacionista Adelmar Faria Coimbra Filho, o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ) foi a primeira instituição nacional voltada prioritariamente para a preservação do patrimônio primatológico brasileiro. Foi inaugurado em 1979 sob a tutela da antiga Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), hoje Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Atualmente, o CPRJ é gerido pelo primatólogo Alcides Pissinatti.

Há mais de 40 anos o CPRJ tem como principal objetivo assegurar a continuidade das espécies, por meio de um banco genético que visa dar suporte às colônias de primatas brasileiros. O centro cria somente primatas de espécies nativas do Brasil, com atenção especial para aquelas sob algum risco de ameaça de extinção. São mantidos em cativeiro cerca de 250 primatas de 30 espécies (além de alguns híbridos) com a finalidade principal de reprodução e recuperação das populações nativas. Por ser uma espécie ameaçada, o regaste foi comunicado também ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas, que é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio.

Correção
O Inea chegou a divulgar que o animal havia sido encontrado em São Fidélis, mas de acordo com Carlos Dário, o regaste aconteceu em Valão do Barro, distrito de São Sebastião do Alto.

Um pouco sobre o Parque Estadual do Desengano
O Parque Estadual do Desengano, a mais antiga unidade de conservação estadual do Rio de Janeiro, abrange partes dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, e totaliza 22.400 hectares de área de Mata Atlântica, que abrigam 82 espécies de mamíferos, 494 de aves, 56 de répteis, 73 de anfíbios e mais de mil tipos de flora.

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