Na noite desta quinta-feira (14) D. B de 20 anos teria tentando suicídio após uma briga conjugal. informações colhidas no local, dão conta que a jovem teria tomado medicamentos controlados misturados a um produto de limpeza.
A Jovem faz uso regular de medicamentos a problemas emocionais.
Após a tentativa frustada a mesma foi encaminhada pra o Hospital Armando Vidal pelo corpo de bombeiros e passa bem.
A Tentativa prévia de suicídio e presença de transtorno mental são os dois mais importantes preditores de suicídio. Um indivíduo com história de tentativa prévia aumenta em 40 vezes a chance de suicídio em comparação com a população geral. Portanto, na última década, os indivíduos que tentaram suicídio foram o foco da maioria dos estudos epidemiológicos. Um estudo multicêntrico com 9 países descobriu que 10 a 18% da população relatava ideação suicida e que 3 a 5% já tinham tentado suicídio.
A maioria das pessoas com intenção suicida comunica seus pensamentos e intenções suicidas por meio de palavras nas quais apresentam temas como sentimento de culpa, desvalia, ruína moral e desesperança. Os sentimentos e pensamentos da pessoa suicida tendem a ser os mesmos em todo o mundo, quaisquer que sejam os problemas. Em geral, existem ainda três características psicopatológicas comuns na mente dos suicidas:
- ambivalência, em que há uma urgência de sair da dor de viver e um desejo de viver;
- impulsividade, ou seja, ato impulsivo pode ser desencadeado por eventos negativos do dia a dia;
- rigidez de pensamento, isto é, pensar fixa e drasticamente no suicídio como a única forma de sair dos problemas.
DEPRESSÃO E SUICÍDIO
A literatura indica que entre 10 e 19% dos pacientes deprimidos cometem suicídio. O grau do risco parece estar relacionado com o tipo de apresentação do quadro depressivo, principalmente na forma melancólica, cuja taxa de suicídio pode ser de aproximadamente 50%. Um estudo americano demonstrou que o indivíduo com depressão apresenta uma prevalência de risco de suicídio durante a vida de 8 a 12% para o sexo masculino e de 20 a 26% para o sexo feminino. Entretanto, o risco de suicídio é ainda maior naqueles pacientes deprimidos não tratados, quando há comorbidade de outros transtornos (p.ex., abuso de droga) e acompanhados de eventos externos negativos (p.ex., dificuldade financeira.
A importância clínica da associação entre depressão e suicídio se deve ao fato de que os transtornos de humor ocorrem em proporção elevada na população e frequentemente apresentam, em sua sintomatologia, desesperança e ideação suicida; sintomas depressivos aparecem com frequência em outros quadros psiquiátricos e no quadro clínico de grande variedade de doenças.