Jogo “demoníaco” da caneta vira tendência entre os jovens

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Fotos: Reprodução da internet.

Nas rodas de amigos, a nova moda é o Desafio Charlie Charlie (Charlie Charlie Challenge), também conhecido simplesmente como “brincadeira da caneta”.  Nas últimas semanas, vídeos e comentários sobre o jogo encheram as redes sociais. No twitter, em dois dias a hashtag #CharlieCharlieChallenge foi postada mais de 2 milhões de vezes, alcançando rapidamente os trending topics mundiais – assuntos mais comentados do mundo.

Mas o que parece apenas uma brincadeira, pode ter um enfoque bastante… demoníaco. As regras são simples: os participantes desenham uma cruz em alguma superfície, geralmente uma folha de papel, escrevem respostas nas quatro divisões dos espaços, normalmente “sim” e “não, e cruzam duas canetas sobre as linhas da cruz (também podem ser usados lápis). Depois de montado o jogo, deve-se dizer “Charlie Charlie, você está aí?”. Após alguns instantes, uma das canetas (ou lápis) gira, parando sobre o sim, ou sobre o não. Se a resposta for positiva, novas perguntas podem ser feitas.

Segundo vários jogadores espalhados pelo mundo, as respostas são dadas pelo suposto demônio Charlie, que seria uma criança mexicana transformada em espírito maligno após a morte. Para os especialistas em fenômenos, o jogo não passa de uma lenda, pois não existe um demônio mexicano com o nome de “Charlie” ou “Carlitos” (Charlie em espanhol). Já pela visão científica, o movimento da caneta tem explicações simples: equilíbrio de um objeto sobre o outro e/ou a força da gravidade. O que está provado, de fato, é que tudo surgiu como uma ação de marketing de uma empresa cinematográfica, para promoção do filme “A Força”, que estreará nos cinemas do Brasil no dia 17 de julho.

brincadeira-caneta3De uma forma ou de outra, uma das normas da brincadeira aconselha ao jogador a pedir permissão para Charlie antes de sair. Caso a resposta seja “não”, o jogador deve continuar jogando, sob consequência de ser possivelmente perseguido pelo tal demônio. Existem relatos de pessoas que possivelmente passaram mal após brincarem de Charlie Charlie. Membros religiosos não aconselham a prática do jogo, assim como vários profissionais da área da educação, que tentam evitar a realização dentro das escolas, assim como acontecia no auge da brincadeira do compasso, que também foi tendência, dizia-se, usando a invocação de demônio.

Em contato com a reportagem do SF Notícias, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro informou que, nas unidades escolares da rede estadual, não existem registros de brigas decorrentes do Desafio Charlie Charlie. No Colégio Estadual de São Fidélis, a diretora Maria Helena disse que houve uma intenção da parte dos alunos do Ensino Fundamental de realizarem a brincadeira, mas a direção evitou que a mesma fosse feita, reforçando a atenção sobre os alunos que pretendiam fazê-la.

“Isso sempre existiu. Na minha época, tinha a brincadeira do copo, depois veio a brincadeira do compasso, e hoje é essa da caneta. Acho essas coisas muito misteriosas. É melhor não arriscar para saber se é verdade ou não. Na dúvida, melhor não brincar com essas coisas.”, disse.

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