O lixão de São Fidélis, Norte Fluminense, ainda está em atividade, apesar da placa no local avisar que é proibida a entrada de pessoas não autorizadas, catadores continuam frequentando o lugar. Diariamente, cerca de 18 toneladas de resíduos são despejadas no lixão, onde apenas uma cerca de arame separa o resíduo comum do hospitalar.
O problema é antigo: em 2001, foi aberto um inquérito pelo Ministério Público para regulamentar a situação. Em 2007, a prefeitura do município assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Entre as obrigações, a cidade deveria planejar o acesso e o despejo de lixo, controlar a entrada de funcionários, regularizar a disposição do lixo e cadastrar os catadores. Uma unidade de tratamento de lixo chegou a ser instalada mas, segundo moradores, está abandonada. O serviço da unidade durou quatro anos. 16 catadores trabalharam no local, mas em 2012 todos foram demitidos pela prefeitura.
As denúncias sobre as irregularidades foram levados para o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e o prazo para o fim dos lixões em todo o país termina em 2014. O lixo de São Fidélis e de outros seis municípios da região devem ser levados para o aterro sanitário que vai funcionar no distrito de Pureza. A instalação foi por meio de um consórcio intermunicipal que deve custar mais de R$ 13 milhões para o governo estadual. A previsão inicial de inauguração era de junho deste ano.
Segundo o Inea, a prefeitura será questionada sobre a falta de equipamento de proteção individual para os catadores. Se isso for comprovado, o município será notificado. A nova previsão é de que o aterro de Pureza seja inaugurado em Outubro. A equipe de reportagem tentou falar com a prefeitura, mas não houve resposta.
Fotos/ Arquivo SFn
Fonte/Intertv