Com cartazes pedindo “justiça” familiares e amigos do jovem Robson Valente da Fonte, foram as ruas de São Fidélis na tarde desta segunda-feira (29/07). O jovem de 20 anos morreu no final de semana depois de ser atropelado por um ex-vereador da cidade.
A família fechou a principal avenida do bairro Vila dos Coroados e seguiu para o centro da cidade, passando pela delegacia da Polícia Civil e a casa do ex-vereador Manoel Veiga Amaral.
Segundo informações da polícia o ex-vereador chegou a prestar socorro à vítima. Robson foi socorrido e levado pelo Corpo de Bombeiros Militar para o Hospital Armando Vidal e, posteriormente, transferido para o Hospital Ferreira Machado (HFM) em Campos devido à gravidade dos ferimentos. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na noite de sábado 927/07), mas a família contesta essa versão.
“Ele não prestou socorro, desceu do carro olhou o menino no chão e foi embora. Meu primo estava com mais três amigos que não ficaram feridos já que se jogaram na calçada. Infelizmente não deu tempo do Robson fazer isso já que foi atingido por trás. Além disso, o ex-vereador estava alcoolizado”, disse a prima da vítima Andréia Santana da Silva.
Familiares vão lutar por justiça. “É difícil falar, é muito sofrimento e indignação por estarem acobertando o que ele (ex-vereador) fez. Nós vamos lutar por justiça até conseguir”, comentou.
O delegado titular da 141ª Delegacia Legal, Rodrigo Maia, explicou que a ocorrência foi feita na delegacia responsável pelo plantão (134ª Delegacia de Polícia), mas que a versão que consta no Registro de Ocorrência é que o atropelador prestou socorra à vítima.
“Ele (atropelador) teria parado no local e, em seguida, ido até o DPO, que fica perto do local do acidente, e pedido ajuda dos policiais e junto foram à delegacia. Também teria ligado para o Corpo de Bombeiros Militar, isso é prestar socorro à vítima”, disse o delegado ressaltando que se existe outra versão, como a citada por familiares de que Robson estava acompanhado de três amigos e de omissão de socorro, ela é desconhecida da polícia.
Rodrigo informou que foi instaurado inquérito para investigar o acidente e este tem prazo de 30 dias para ser concluído. “Peço para que se outras pessoas estavam no local e presenciaram o acidente, que compareçam à delegacia. O caso foi registrado como homicídio culposo, mas se no decorrer da investigação ficar comprovado que não foi isso que aconteceu, o culpado vai responder nos termos da lei”, disse Maia.