Nos dias 30 e 31 de julho o autor Antônio Júnior Persí promoveu ações literárias em São Fidélis. Os eventos ocorreram, respectivamente, no CEDERJ (Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro) e no CEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos). As ações se deram em comemoração ao Dia Nacional do Escritor, celebrado no dia 25 de julho. No entanto, os eventos ocorreram alguns dias depois, aproveitando a volta às aulas de ambas instituições de ensino.
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“Eu escolhi o CEDERJ e o CEJA para serem sedes das ações literárias, pois tenho história com esses ambientes estudantis. Quando eu era criança, estudei no CIEP (Centro Integrado de Educação Pública) de São Fidélis. Ao propor a atividade no CEDERJ e contar meu contato com o local, a diretora Marise se mostrou muito solícita. Já no começo da minha vida adulta, terminei meus estudos no CEJA. Sara Campos e Paulinho Bragança, que dão aula no CEJA, me conhecem desde criança e já passaram poucas e boas comigo. Esses locais são como casa fora de casa. São espaços que estão em pontos muito importantes de minha vida estudantil, sendo o começo e o fim da minha experiência na educação básica. E, sem dúvidas, se não fossem essas instituições públicas, eu não teria a possibilidade de entrar para o IFF (Instituto Federal Fluminense) Campos Centro, onde cursei Letras, o que endossou minha vida como escritor. É uma forma de retribuir a esses espaços que tanto fizeram por mim.” – explicou o escritor.
Persí também salientou a necessidade de fazer algo cultural nessas instituições de ensino. O autor explanou: “Como eu estudei em ambas instituições, sei como há um certo esquecimento sobre esses lugares. São ambientes estudantis que não estão em áreas urbanas centrais, o que implica serem locais que não são tão pensados como eventuais sedes de ações, inclusive, culturais. Era algo que eu sentia como aluno e que percebo como artista e como munícipe de São Fidélis. E foi logo nesses lugares que decidi mostrar de antemão a capa do meu novo livro. Esses alunos precisam de muito estímulo e incentivo para tocarem seus estudos, pois não é fácil terminar os ensinos fundamental e médio depois de uma certa idade, assim como é bastante difícil cursar uma faculdade pública, quanto mais sendo à distância”.
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O escritor defendeu que a leitura e a escrita são formas de transformação, não só a nível profissional, como também a nível pessoal. “Promover ações culturais de cunho literário em instituições de ensino é algo que tem tudo a ver com o que penso como papel da literatura. É por meio da leitura e escrita que instaura-se a possibilidade de dar continuidade aos estudos de forma a aprimorar a vida profissional. E não somente, pois, a literatura é causadora de imagens e/ou sensações únicas na mente de cada um que lê. Cada leitor decodifica os textos de maneira única, própria. E esse é um exercício fenomenal para promover a subjetividade, sendo esta tão importante para a vida profissional, como também para a vida pessoal, fazendo com que os indivíduos sejam cientes e críticos frente às suas relações e à sociedade como um todo. Eu bati muito nessa tecla com os alunos. Dar a possibilidade de ler é viabilizar o exercício da cidadania.” – defendeu.
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Nesse sentido, o autor fez doações de obras de sua autoria às bibliotecas das instituições de ensino, fez falas e tirou dúvidas acerca da vida como escritor, versou sobre o teor de seus livros, distribuiu marcadores de páginas para todos os estudantes e fez sorteios de livros entre os alunos. Ademais, o autor de “O Mortiço” e “A Costura” também revelou a capa de seu mais novo livro, a biografia “Olga Dantelly: A Extraordinária Vida de Marcelo Guimarães.”.
Persí fez a seguinte revelação a nossa equipe “Eu já estava louco para mostrar a capa desse livro tão especial! O projeto gráfico foi feito pela artista visual Tay Barcelos (@atelie.taybarcelos), que é minha amiga pessoal há anos e uma artista talentosíssima. Colocar minhas ideias no mundo não é uma tarefa fácil nem para mim, quem dirá para outrem. Sendo assim, foi indispensável ter a Tay comigo”.
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Já sobre as ideias por trás da capa do livro, o escritor explicou “O Marcelo Guimarães, que dá vida à drag queen Olga Dantelly em Miami desde 1999, é alguém ‘extra’. Marcelo tem um dos maiores corações entre todas pessoas que conheci. E isso se estende a seu talento e a muito, muito trabalho duro! Não basta a Olga Dantelly (@olgadantelly) ser uma personagem drag, ela é uma ‘comedy queen’. Então, seria extremamente contraditório se a capa do livro não fosse também ‘too much’. Eu entendo aqueles que gostam de guardar o ouro para o conteúdo do livro, mas garanto que esse livro é ouro tanto dentro quanto fora. A capa é uma forma de contar a história de Marcelo e de Olga através do tempo. Marcelo e sua drag são muito extravagantes e é assim que tudo tem que ser. E, sinceramente, eu não poderia estar mais feliz em meio a todo esse excesso. É uma realização muito, muito grande para Marcelo e também para mim. Então, as coisas têm que estar à altura. Estamos felizes com o resultado do projeto gráfico e já estávamos em polvorosa, loucos para compartilhar com todos os detalhes da capa. E o público também não perde por esperar pelo livro, que é cheio escândalos, baixos baixíssimos e altos altíssimos. Não há nada básico sobre esse livro, começando pela capa!”.
Antônio Júnior Persí revelou que Marcelo Guimarães virá ao Brasil pela primeira vez em 4 anos, pois fará uma turnê relativa ao livro junto com o escritor. A turnê será nas duas últimas semanas do mês de outubro, onde Marcelo dará vida a Olga Dantelly nos palcos por cidades do sudeste do Brasil. Um dos principais eventos da turnê será um espetáculo musical sobre a vida do biografado que ocorrerá a partir das 12 horas do dia 20 de outubro no Rio de Janeiro, mais precisamente na sede da Turma Ok, que fica localizada no lendário bairro da Lapa.
O escritor explicou que “A Turma OK é o primeiro grupo LGBTQIAPN+ do Brasil. Tem-se que sua fundação foi nos primeiros anos da década de 60, um tempo controverso para toda a sociedade brasileira, quanto mais para os LGBTQIAPN+. Ainda assim, a Turma OK persistiu através do tempo, sendo um símbolo e uma força motriz de resistência e diversidade. É uma honra inenarrável ser recebido pela Turma OK, quanto mais ao lado da ‘grande dame’ Olga Dantelly. É tudo que eu mais poderia sonhar como escritor e como LGBTQIAPN+. Sou muitíssimo grato a Marcelo Guimarães e todos da Turma OK por tamanho galardão.”.
De acordo com o autor, não haveria ocasião melhor para revelar a capa de seu novo livro e para versar acerca da literatura por meio do escopo de sua vida literária. “Em cada passo da minha carreira, não penso somente em mim. Faço tudo de forma a tentar evidenciar que as pessoas também podem, que elas também conseguem o que elas quiserem e até mesmo o que elas não são capazes de imaginar que irão conquistar. A minha carreira é muito feita disso, de uma fé que excede as metas. E a minha relação com Marcelo Guimarães também é assim, pois ele é assim, superação, resiliência e fé para materializar seus sonhos e os de cada um que cruza seu caminho. Marcelo Guimarães é uma grande inspiração para mim, e sei como isso é extremamente transformador. Portanto, é isso que almejo ser para cada um que é tocado pela minha arte; inspiração que é capaz de transformar”.
E assim o escritor fidelense vai pavimentando seus caminhos de São Fidélis para o mundo, sem esquecer de cultivar cultura em seu lugar de origem, ao passo que leva o nome de sua cidade sempre consigo. Para quem ainda não conhece a obra de Persí, há a oportunidade de adquirir um exemplar diretamente com o autor ou pelo site da editora Autografia (sendo a compra no site da editora sujeita a cobrança de frete). Clique AQUI ou AQUI (YouTube) para conferir a playlist e AQUI para acessar o Instagram do autor e AQUI o Facebook.
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