Vídeo: Witzel se defende após afastamento: “Tomarei todas as medidas para me defender desta injustiça”

Governador afirmou que todas as medidas que vinha tomando são "absolutamente contrárias a qualquer decisão de afastamento".
Foto: SF Notícias

Em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (28/08) no Palácio Laranjeiras, Wilson Witzel, que foi afastado hoje do cargo de Governador do Estado do Rio por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves, afirmou que foi surpreendido pela decisão. O governador questionou em que momento teria atuado para impedir investigações e alegou que afastou os acusados de irregularidades, e implementou medidas inéditas para combater a corrupção. “Todas as medidas que eu venho tomando são absolutamente contrárias a qualquer decisão de afastamento, porque não há nenhum ato praticado por mim, ao longo desses últimos meses, que possa caracterizar que eu em algum momento atrapalhei a investigação” – afirmou Witzel. (continua após a publicidade)

Durante o pronunciamento Witzel afirmou ainda que não tem nenhuma relação com qualquer empresário e que nunca pediu para nenhum secretário a contratação de qualquer empresa. “Tomarei todas as medidas para me defender desta injustiça e continuar a trabalhar pela população do RJ” – destacou. Nesta sexta, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o governador, a primeira-dama, Helena Witzel, e outras sete pessoas por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro. A denúncia aponta que o governador utilizou-se do cargo para estruturar uma organização criminosa que movimentou R$ 554.236,50 em propinas pagas por empresários da saúde ao escritório de advocacia de sua esposa. O casal foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na forma de crime continuado, reiterado por 25 vezes. Na petição, a PGR pede a condenação dos acusados, a decretação da perda do cargo público de Wilson Witzel e o pagamento de indenização mínima de R$ 1.108.473,00 aos cofres públicos. (continua após a publicidade)

Na denúncia, assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo, a PGR apresenta provas de que o governador liderou, entre março e maio deste ano, três grupos empresariais – que representam quatro empresas – que disputavam o poder no governo do estado mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. “Esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas. Em troca do apoio do governador, os empresários firmavam contratos fictícios com o escritório de advocacia de Helena Witzel, o que permitia a transferência indireta de valores pagos por Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto a Wilson Witzel” – afirma a Procuradoria-Geral.

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