Vice presidente de sindicato dos transportadores escolares acompanhou manifestação em São Fidélis

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Fotos: André Moraes / Lara Cordeiro.

Na manhã desta quinta-feira (20.08), centenas de pessoas, a maioria absoluta de estudantes, foram às ruas de São Fidélis para protestar contra a paralisação do transporte público escolar, que se dá pela falta de pagamento dos motoristas proprietários das linhas, que estão desde fevereiro sem receber. O vice presidente do Sindicato dos Transportadores Escolares do Estado do Rio de Janeiro, Aldo Aguiar, esteve na cidade e participou da manifestação. Em conversa com o SF Notícias, ele passou detalhes sobre a a greve dos motoristas.

– 90% da categoria não recebeu nenhum rendimento até a presente data. Alguns receberam o mês de trabalho de fevereiro, outros o de março, mas a maior parte está desde o início do ano trabalhando sem nenhum rendimento. Nós dividimos, o presidente está na baixada litorânea e na baixada do estado do Rio, e eu estou no norte e noroeste fluminense, onde já estamos em seis municípios com as atividades paralisadas. E o restante que ainda não parou, já informou que vai parar na semana que vem. Vamos parar em todo o estado. Não dá para ficar trabalhando sem receber. – disse Aldo.

transporte.Sem transporte, vários alunos da zona rural de São Fidélis e de outros municípios estão sem poder frequentar a escola. Outros preferem se arriscar em transportes alternativos, causa que o vice presidente mostrou ter uma preocupação maior.

– Os alunos da zona rural, muitos deles, estão sem poder frequentar a escola. Outros, inclusive, cometem infração, indo para a escola em motocicletas dos pais, sem terem carteira de habilitação. Uns pegam carona em caminhão de coleta de leite, outros em veículos de pessoas desconhecidas. São jovens, muitas meninas, que acabam se arriscando para chegarem ao colégio. E tem aqueles que nem carona conseguem, e estão sem condição de assistir as aulas. – ressaltou Aldo Aguiar.

Hoje, para ser um dos transportadores das linhas estaduais, é necessário que o motorista apresente veículos com, no máximo, cinco anos de utilização. No entanto, os proprietários reclamam que, com a falta de pagamento, fica difícil renovar o transporte. Atualmente o sindicato está tentando diminuir os impostos para que os motoristas adquiram novos veículos, o que também foi citado por Aldo.

MANIFESTAÇÃO 234– Isso é uma lei federal. O estado vem nos ajudando, em partes, nesse sentido. Estamos protocolando no Palácio da Guanabara um pedido de isenção de ICMS para aquisição de veículos novos. Estamos aguardando o Governador nos conceder este benefícios, para que possamos renovar a frota e prestar um serviço de qualidade para todas as nossas crianças do estado. No momento, os transportadores não estão tendo condições nem de colocar combustível, quanto mais de manter a frota e dar uma manutenção de qualidade. Sem pagamento não tem como resolver nada. – finalizou o vice presidente.

Para voltarem com o transporte escolar, os motoristas pedem o pagamento dos salários até o mês de junho. Outra reivindicação existente é pelo aumento do valor por quilômetro rodado, que é o mesmo há 10 anos, estando fixado em 1,75 para ônibus, R$ 1.60 para micro ônibus e R$ 1,30 para van. Uma manifestação está sendo programada para acontecer em Itaocara. Se o problema do pagamento não for resolvido, haverá um movimento maior, na coordenadoria geral, em Campos dos Goytacazes, envolvendo representantes de 10 municípios.

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