Uma nova vida com uma nova família: processo de guarda de bebê agredido em São Fidélis é deferido

Segundo o tio do bebê, com o parecer favorável dado pelo Ministério Público, falta apenas o Juiz prolatar a decisão

O pequeno Dominick, de apenas quatro meses, está vivendo a vida que toda criança em sua idade merece. Em um lar amoroso, após passar pouco mais de dois meses internado. No dia que completou dois meses – no dia 2 de abril desse ano – o pequeno foi atendido no Hospital Armando Vidal, em São Fidélis, no Norte Fluminense, com vários ferimentos. Ele foi transferido para o Hospital Ferreira Machado, em Campos, em estado grave. O bebê foi agredido pelo próprio pai e a motivação, segundo o mesmo acabou confessando em depoimento, foi o excessivo choro da criança. Mas, agora a história desse pequeno guerreiro está tendo um recomeço feliz.

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Segundo o tio do bebê, Agnaldo Rangel, que ao longo da internação manteve amigos, familiares e todos que se sensibilizaram com a história informados pelas redes sociais, o processo da guarda foi deferido. “Foi deferido o pedido de guarda, em nome da minha cunhada. A gente está sem a preocupação de ele voltar para os genitores, caso os mesmos sejam absolvidos pela justiça” – disse. Ao SF Notícias, Agnaldo disse que o deferimento pelo Ministério Público foi um alívio. “Estávamos muito aflitos com a hipótese dele retornar ao genitores quando os mesmos saírem do cárcere, com esse parecer favorável que o MP deu, só falta o Juiz prolatar a decisão” – explicou. Caso a decisão do juiz seja favorável, o bebê, que não ficou com sequelas graves, o que para o tio foi um verdadeiro milagre, ficará com a cunhada de Agnaldo, a tia Jaesia de Souza, que mora em São Fidélis. No momento Dominick segue em Campos, na casa dos tios, sendo acompanhado por fisioterapeuta e médicos.

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Agradecimentos
Agnaldo tem usado as redes sociais nos últimos dias para agradecer a todos que de alguma forma ajudaram o pequeno guerreiro. Um dos primeiros agradecimentos foi para os hoje profissionais do Hospital Armando Vidal, principalmente os que estavam de plantão no dia 2 de abril. “Gratidão eterna a vocês, que abaixo de Deus, salvaram a vida do nosso Dominick” – publicou Agnaldo. O tio do bebê agradeceu ainda aos profissionais que fizeram a transferência do bebê para Campos. “Gratidão eterna aos anjos do 192 de São Fidélis, que naquele dia 02/04, onde pensávamos que Dominick não resistiria a ida de ambulância até Campos, cidade a 50 km de distância, eis que Deus colocou anjos que com muito amor e paixão pela suas profissões, conduziram nosso guerreiro com vida até o Hospital Ferreira Machado… Gratidão eterna amigos do 192, parabéns Secretária de Saúde de São Fidélis, Janine Palagar, por podermos contar com uma excelente equipe de profissionais” – diz a publicação.

Ele também agradeceu a Polícia Militar e Polícia Civil. “Venho expressar minha gratidão a Polícia Militar e a Policia Civil de São Fidélis, principalmente aos policiais que estavam de plantão naquele dia 02/04/2021, onde apresentaram êxito na prisão dos genitores do nosso Dominick, os quais foram levados à delegacia pela PM e confessaram o crime a PC, sendo encaminhados a carceragem, que a justiça seja feita, gratidão a vocês por dar segurança a nossos cidadãos fidelenses”. Ontem, Agnaldo agradeceu ao Conselho Tutelar. “Quero agradecer a todos os conselheiros tutelares de São Fidélis, pelo trabalho fantástico que desempenham em nossa cidade, pelo apoio que nos deram a todo momento… meu respeito e minha gratidão”.

Carinho de diversas partes
A repercussão do caso fez com que uma corrente de oração se formasse pelo pequeno Dominick. Segundo Agnaldo, pessoas de diversas cidades, que moram em outros estados e até outros países se sensibilizaram. Atendendo aos pedidos daquele que queriam enviar presentes para o bebê, uma caixa postal foi criada: Caixa Postal: 114311/ Praça Santíssimo Salvador, 53; CEP: 28.010.972; Dominick Felix.

A história
A história do pequeno Dominick começou a ser contada pelo SF Notícias no dia 02 de abril, quando ele deu entrada no Hospital Armando Vidal, em São Fidélis, com fraturas e gravemente ferido. Naquele dia a mãe contou uma versão que não convenceu a polícia. Ela disse que o marido havia saído de casa, e como ele estava demorando, ela saiu juntamente com a criança atrás dele. Ainda segundo a versão, no caminho ela teria sido abordada por quatro homens que estariam em um carro, e foi ameaçada com uma arma a entrar no veículo. Já dentro do carro os ocupantes teriam agredido apenas o bebê. A mãe disse ainda que após a agressão ela e o menino foram deixados na praça da estação, no Centro, e ela voltou para casa com medo. Entre a hora que teria ocorrido o fato narrado por ela e a hora em que os pais levaram a criança ao hospital se passaram mais de 07 horas. Os pais levaram a criança ao hospital por volta das 13h da tarde do dia 02 de abril. O bebê foi transferido em estado grave para o Hospital Ferreira Machado em Campos.

Mas, a história verdadeira acabou sendo revelada na delegacia, após os pais serem colocados em salas diferentes. De acordo com o delegado Carlos Augusto Guimarães, ao serem separados durante os depoimentos formais, o pai acabou confessando ter agredido a criança após ficar irritado com o excessivo choro. Já a mãe se mostrou inerte diante das agressões praticadas contra a criança, inclusive sustentando a versão do suposto sequestro no hospital e na apresentação à delegacia. O pai do menino foi autuado em flagrante delito pelos crimes de tortura e lesão corporal, e a mãe por tortura e por omissão.

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