Tenente-coronel dos bombeiros orienta sobre uso seguro do álcool em gel para evitar acidentes

Segundo o comandante do 6º GBM de Nova Friburgo, são comuns os relatos de pessoas que manipularam álcool em gel e depois se acidentaram em ações na cozinha ou fumando
Imagem: Freepik

Com a pandemia do novo coronavírus, o uso de álcool em gel passou a fazer parte da rotina da população, tal como o uso de máscaras. Mas, por se tratar de um produto inflamável, algumas medidas de precaução devem ser tomadas para evitar acidentes. O comandante do 6º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM) de Nova Friburgo, o tenente-coronel Thiago Nunes Alecrim, destaca que quando possível, deve-se utilizar água e sabão para higienizar as mãos. “O álcool em gel deve ser utilizado quando tal solução não for possível. Assim, a correta limpeza das mãos, conforme orientações dos órgãos de saúde, já seria eficiente. As pessoas não podem esquecer que o álcool em gel, embora ofereça maior segurança na sua manipulação quando comparado ao álcool líquido, não deixa de ser uma substância inflamável. Assim, todos os cuidados dispensados às substâncias inflamáveis devem ser mantidos” – afirma. (continua após a publicidade)

O comandante lembra que são comuns os relatos de pessoas que manipularam álcool em gel e depois se acidentaram em ações na cozinha, fumando ou utilizando fogo. “Lembre-se, o álcool em gel não deve ser deixado ao alcance de crianças ou próximo à fontes ígneas, seja pelo risco de incêndio, irritação quando em contato com os olhos ou intoxicação em caso de ingestão. Preserve a sua segurança e a de sua família!” – orienta. Outro tipo de acidente está vinculado ao tipo de álcool em gel utilizado. Segundo o tenente-coronel, algumas pessoas adquirem tipos diferentes do recomendado. “Como foi o caso de uma pessoa que utilizou álcool em gel destinado para lareiras/churrasqueira e sofreu um acidente. Nesses casos, em razão de maiores concentrações do produto, o risco é mais elevado” – frisa. (continua após a publicidade)

Outra dúvida constante é sobre a possibilidade do álcool em gel provocar incêndios quando o recipiente é deixado em carros. O comandante explica que, quando deixado armazenado num frasco bem fechado, o risco é pequeno. “Não havendo um agente externo, em termos de autoignição, a temperatura no interior do veículo precisaria ser superior a 300°C. O risco de termos um princípio de incêndio seria mais em caso de contato com algum fio em curto, com o acendedor de cigarros (comuns em carros mais antigos) ou em caso de recipientes abertos com a possibilidade do gel entrar em contato com alguma superfície muito quente (exemplo do escapamento)” – disse, salientando para que a população tenha cuidado, pois o álcool em gel, em caso de combustão, possui uma chama praticamente imperceptível, reduzindo o tempo de resposta para evitar a ocorrência de um acidente.

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