Secretaria de Estado de Saúde alerta sobre crescente número de casos de câncer de pele

O câncer da pele é o mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Para o Estado do Rio são estimados 540 novos casos de câncer de pele melanoma - o mais agressivo - para cada ano do triênio 2020-2022
Foto: SF Notícias

O verão começa oficialmente na próxima segunda-feira (21/12), na estação, as pessoas tendem a ficar mais expostas ao sol, acendendo o alerta para o câncer de pele. Devido ao crescente número de casos deste tipo de câncer, desde 2014, órgãos de saúde de várias esferas, como a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), promovem o “Dezembro Laranja”, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. O câncer da pele é o mais incidente no país, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, a chance de cura é de mais de 90%. Neste ano a campanha destaca que a exposição solar na infância é capaz de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. “Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicado a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água” – destaca a Secretaria de Estado de Saúde.

O médico dermatologista do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE) e Diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Egon Daxbacher, explica os três tipos de câncer de pele e os danos que cada um pode ocasionar. Ele destaca que geralmente, se ouve mais sobre o melanoma, que é o mais agressivo, e, geralmente, o que leva à morte, com metástase. “Mas existem três tipos de câncer de pele. O basocelular, que é o mais frequente e se apresenta nas áreas mais expostas ao sol, principalmente face, orelha e couro cabeludo. Apesar de não ter potencial de morte e metástase, seu crescimento pode levar a cirurgias desfigurantes, principalmente quando é localizado próximo ao nariz, boca e olhos. Os espinocelulares tem algum potencial de metástases e, possivelmente morte, principalmente quando atinge a língua e lábios. Também tem a ver com a exposição ao sol, produtos químicos e feridas crônicas. E, por fim, temos o melanoma que é o mais agressivo deles. É derivado de pintas e, que mesmo bem pequenas, podem ocasionar grandes estragos” – exemplifica o dermatologista. Ele explica que geralmente é uma pinta que muda de cor ou que tem um crescimento ao longo do tempo, características ajudam muito no diagnóstico desse tipo de câncer.

Para o Estado do Rio de Janeiro são estimados 21.090 novos casos de Câncer de Pele não Melanoma (Homens: 10.600 e Mulheres: 10.490) para cada ano do triênio 2020-2022. Já em relação ao melanoma, a estimativa para estado é de 540 novos casos (Homens / Mulheres: 270) para cada ano do triênio 2020-2022. A atualização mais recente dos dados de mortalidade disponibilizados pelo DATASUS, do Ministério da Saúde, aponta que em 2018 o número de mortes por câncer de pele não melanoma no Estado do Rio de Janeiro foi 173 (111 homens e 62 mulheres). Já por câncer de pele melanoma 92 pessoas (57 homens e 36 mulheres) morreram no estado em 2018.

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