Saúde em Colapso: Hosp. Armando Vidal entrega serviços de emergência e maternidade

Fotos: Matheus Berriel
Fotos: Matheus Berriel

Mais uma vez a saúde da população fidelense encontra-se em “xeque”.

A Associação Hospitalar Armando Vidal decidiu em reunião do conselho deliberativo entregar ao poder público municipal os serviços de urgências e emergências além da maternidade. Segundo a associação não há mais possibilidade de sustentar

Fotos: Arquivo

os serviços.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, o vice presidente o hospital Nelson Navega, que ocupa o cargo de presidente interino da instituição após o presidente João Barroco pedir afastamento do cargo, explicou os motivos desta decisão. Segundo o mesmo, duas são as principais razões: os baixos valores de rapasses da prefeitura e do SUS.

Sobre os repasses da prefeitura, Nelson informou que apesar de estarem em dia, não é suficiente para operar o sistema. “Em 2012 a prefeitura repassava 330 mil por mês para o hospital, hoje o repasse é de 175 mil reais.”

Outro problema enfrentado pela instituição, são os baixos valores repassados pelo SUS – Sistema Único de Saúde, que em geral, seus repasses são 75% menores do que o custo real dos procedimentos médicos.

Hoje o hospital tem uma divida de 2 milhões de reais que cresce a cada mês por um déficit mensal de 290 mil.

diretores do hospitalAinda segundo Nelson Navega, as despesas do hospital estão “enxutas” e não existem desperdícios nem desvios. O mesmo ainda informou que a prefeitura assumindo o serviço, as instalações e equipamentos da unidade estão as disposição para servir. “Ou a gente para com esses serviços, ou perdemos o hospital inteiro!”

Novas reuniões serão marcadas onde poderão ser discutidas outras hipóteses. A prefeitura de São Fidélis se posicionou em nota sobre o assunto. Abaixo segue a nota emitida pela prefeitura na íntegra.

“A Prefeitura Municipal de São Fidelense esclarece a população, que foi surpreendido com uma notificação da Associação Hospitalar Armando Vidal, dizendo que em trinta dias os serviços de emergência/urgência e maternidade serão suspensos.

Esclareço que o município tem um contrato em vigor com o Hospital até 31 de dezembro de 2016 e os repasses estão em dia, garantindo só em (2015) valores na ordem de R$ 7.330.102,50 (sete milhões trezentos e trinta mil, cento e dois reais e cinquenta) Informo ainda, que as tratativas para questão estão sendo presididas pelo Ministério Público e esperamos uma solução boa para se porventura não existir uma solução satisfatória, tranquilizo a população que iremos adotar as providências necessárias para garantir o atendimento aos pacientes.”

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