Registro importante: Onça-parda afia garras em árvore no Parque do Desengano em Santa Maria Madalena

O registro é importante, pois mostra que a unidade está preservada e segue sendo o reduto da onça-parda, dando condições para que a espécie consiga viver e se reproduzir.

imagens: Luis Rocha – SF Notícias

Durante uma visita ao Parque Estadual do Desengano, unidade de conservação mais antiga do Estado e que abrange os municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos, o guarda-parque Luis Rocha foi fisgado por algo que lhe chamou atenção ao olhar para uma árvore.

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É que uma onça-parda deixou a sua marca no caminho. Ela usou a árvore para afiar as garras. O registro que foi feito na região pertencente a Santa Maria Madalena é importante, pois mostra que a unidade está preservada e segue sendo o reduto da onça-parda em nossa região. O registro também mostra que a unidade segue oferecendo condições para que as onças possam viver e se reproduzir na unidade. O SF Notícias já mostrou ao longo dos últimos anos registros de onças ou de marcas deixadas por elas no Parque ou ao redor dele.

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“A primeira coisa que temos que ter em mente quando nos deparamos com um animal silvestre dentro de uma unidade de conservação é que um animal silvestre não é um pet. Ele não está ali para a gente fazer uma selfie, pra postar nas nossas redes sociais, ele está no ambiente dele. Então a primeira coisa é não tentar se aproximar, focar no animal, firmar o olho nele para saber qual o movimento, se afastar lentamente e não fazer movimentos bruscos”, disse Carlos Dário, Gestor de Unidade de Conservação.

Ainda segundo Dário, a tendência do animal nunca é nos atacar, a não ser que ele esteja se sentindo acuado, você o agrida ou ele esteja defendendo seus filhotes, mas de um modo geral a tendência dele é não atacar. “Então pensando que o animal silvestre não é pet e tendo esse cuidado, creio que a gente tem uma grande possibilidade de não ter um acidente numa área protegida” – destaca.

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Um guia prático de convivência disponibilizado AQUI pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) dá dicas para proprietários e criadores de animais domésticos que moram próximo das unidades de conservação quanto a convivência entre predadores silvestres e animais domésticos.

O Parque Estadual do Desengano completará 53 anos no próximo mês. A unidade possui mais de 22 mil hectares de extensão, e foi criada com o objetivo de preservar um expressivo número de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção da flora local. A unidade é reconhecida internacionalmente como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area), ou seja, uma área prioritária para conservação da biodiversidade de aves, pela BirdLife International, e recentemente recebeu o título de primeiro “Dark Sky Park” da América Latina, que reconhece o Parque como “uma área protegida de excepcional qualidade para a observação de estrelas e um ambiente noturno protegido que valoriza seu patrimônio científico, natural, educacional, cultural e social”.

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