O Movimento Educadores de Campos convocou e cerca de 1500 professores, de acordo com informações da PM, foram para a rua na manhã de sexta-feira (30), dia Nacional da Paralisação. Os professores da rede municipal de Campos de Goytacazes contaram com o apoio até de alunos que fizeram questão de carregar cartazes.
A concentração dos professores começou por volta das 9h na Praça S.Salvador e, após discursos esclarecedores por parte da comissão do movimento, a multidão seguiu para a prefeitura municipal, onde já havia uma tropa de choque da PM escalada para ficar de plantão nos portões e pátio da prefeitura.
A maioria dos professores estava de preto e, ao chegarem, os mesmos gritavam palavras de ordem, cantavam e, em seguida, fizeram um enterro simbólico da Educação com um caixão cor de rosa em frente ao portão de entrada do prédio,
Ainda, os professores prometeram ficar acampados até serem recebidos pela prefeita Rosinha e, dependendo do que for resolvido na reunião com o executivo para tratar da pauta de reivindicações, a categoria promete entrar em greve.
Um ato de manifestação pacífica por parte do movimento que há muito não se via na região, de modo que a classe demonstrou força surpreendente cujo movimento que se encontra insatisfeito não somente pelos baixos salários, mas, sobretudo, por questões diversas relacionadas ao dia a dia dentro das escolas, bem como as relações de insatisfação com a diretoria do SEPE que, de acordo com os professores, não tem feito nada para fortalecer e defender os interesses da categoria no município. E, com isso, O Movimento Educadores em Luta surge com força e com uma nova configuração, na qual inicia-se uma desmistificação de que a os professores de Campos não são unidos.
Da pauta de reivindicações, constam:
1- aumento do piso salarial que ano a ano vem se defasando;
2- Inclusão de 40% de regência sobre o salário base para todos os professores;
3- Revisão do plano de cargos e salários e de letras;
4- Incorporação ao piso salarial, da gratificação da graduação e da pós-graduação;
5- Retorno dos 3% a cada 40 horas de curso anual:
6- Cumprimento e implementação da lei federal 11.738/2008 (que estabelece que 1/3 da carga horária seja reservado para planejamento):
7- Aumento do vale alimentação para R$ 400,00;
8- Eleições para diretores de escolas, já;
9- Inclusão dos dependentes no plano de saúde
Reportagem e Fotos/ Nelzimar Lacerda