Agentes da Polícia Federal cumpriram dois mandados contra o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro e atual secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho. Os mandados foram cumpridos em um apartamento no Flamengo, zona sul do Rio.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Federal, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão. A diligência faz parte da “Operação Chequinho”, que investiga a ação de uma associação criminosa montada com o objetivo de fraudar as últimas eleições no município. Garotinho foi levado para a sede da Polícia Federal na zona portuária do Rio. Em seguida, para o Instituto Médico Legal. Ele será transferido nas próximas horas para a delegacia da Polícia Federal em Campos.
No último dia 12, o advogado do ex-governador impetrou um habeas corpus com pedido de liminar para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão provisória contra ele, mas o pedido não foi aceito. Em nota, o criminalista Fernando Augusto Fernandes, responsável pela defesa de Anthony Garotinho, diz que a prisão é abusiva e ilegal.
“A prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca. Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho.”