Polícia Civil conclui inquérito sobre bebê agredido em São Fidélis e indicia pais: tortura, lesão corporal e omissão

Bebê segue internado e os pais presos. Segundo o delegado, após serem separados na delegacia, o pai acabou confessando ter agredido a criança após ficar irritado com o excessivo choro

A Polícia Civil de São Fidélis concluiu o inquérito policial que investigava a agressão sofrida por um bebê de apenas dois meses. A informação foi dada ao SF Notícias pelo delegado titular da 141ª Delegacia de São Fidélis, Dr. Carlos Augusto Guimarães. O delegado manteve os termos da prisão em flagrante, sendo o pai indiciado pelos crimes de tortura e lesão corporal, e a mãe por tortura e por omissão. O inquérito já foi enviado ao Ministério Público que irá analisar e decidir por quais crimes denunciará o casal. O bebê segue internado em estado grave no Hospital Ferreira Machado, mas apresentando sinais de melhora a cada dia.

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O caso veio a tona ao ser noticiado pelo SF Notícias na Sexta-feira Santa (02). Naquele dia, por volta das 13h, os pais levaram a criança até o Hospital Armando Vidal. O bebê apresentava marcas de mordidas e outros hematomas, além de afundamento de crânio e fraturas nas costelas. Imediatamente o hospital acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar.

Segundo fontes ouvidas pelo SF Notícias, e confirmadas pelo delegado, a mãe contou uma versão que não convenceu a polícia e foi desmentida depois pelo pai do bebê, que confessou a agressão. Ela disse que o marido havia saído de casa por volta das 05h30 da manhã, e como ele estava demorando, ela saiu juntamente com a criança atrás dele. Ainda segundo a versão, no caminho ela teria sido abordada por quatro homens que estariam em um carro, e foi ameaçada com uma arma a entrar no veículo. Já dentro do carro os ocupantes teriam agredido apenas o bebê. A mãe disse ainda que após a agressão ela e o menino foram deixados na Praça da estação, no Centro, e ela voltou para casa com medo.

“Versão nitidamente fantasiosa, não merecendo qualquer credibilidade quanto aos respectivos conteúdos, denotando-se ter ocorrido emprego de violência com intenso sofrimento para a vítima (criança), resultando lesão corporal de alta gravidade”, disse o delegado.

O laudo médico apontou lesões como afundamento de crânio, fratura de costelas e mordidas pelo corpo, inclusive em estágios diversos de evolução, o que tende a caracterizar a denominada Síndrome de Silverman (ou da criança espancada). Ao serem separados durante os depoimentos formais na delegacia, segundo o delegado, o pai acabou confessando ter agredido a criança após ficar irritado com o excessivo choro. Já a mãe se mostrou inerte diante das agressões praticadas contra a criança, inclusive sustentando a versão do suposto sequestro no hospital e na apresentação à delegacia. Os pais permanecem presos. Veja abaixo o vídeo feito pelo delegado no dia do ocorrido.

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