Com o aumento do calor e da umidade, características do verão, que começou oficialmente nesta segunda-feira (21/12), crescem também os riscos de aparecimento de animais peçonhentos, como os escorpiões, cobras e aranhas, principalmente em áreas de encosta e em zonas rurais. Desta forma é preciso que toda a população, inclusive das grandes cidades, saiba quais medidas adotar para evitar acidentes e mortes por envenenamento. No meio urbano, os escorpiões se alimentam principalmente de baratas, portanto são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo. Segundo o Ministério da Saúde, para evitar a entrada dos escorpiões nas casas e apartamentos, a recomendação é de usar telas em ralos de chão, pias e tanques, além de vedar as frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas. Outra medida é afastar as camas e berços das paredes, e ainda vistoriar as roupas e calçados antes de usá-los. Já nas áreas externas é preciso manter jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico.
Também é importante manter todo o lixo em sacos plásticos bem fechados para evitar baratas, que servem de alimento e atraem os escorpiões. Outra recomendação do Ministério da Saúde é não colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos; sempre usar luvas e botas para realizar atividades que representem certo risco, como manusear entulhos e materiais de construção, e nas atividades de jardinagem. Em dezembro de 2018 moradores de vários bairros e distritos de São Fidélis relataram o aparecimento de escorpiões. Somente naquele mês duas pessoas foram picadas e encaminhadas para o Hospital Armando Vidal, mas transferidas para o Hospital Ferreira Machado, em Campos, pois o município não possuía o soro antiescorpiônico.
Já neste ano, agentes do Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ), de São João da Barra, encontraram 68 escorpiões amarelos da espécie Tityus serrulatus no quintal de uma residência na localidade de Campo de Areia, no 5º Distrito (reveja AQUI). Em caso de acidente, a recomendação é ir imediatamente ao hospital. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie, permitindo assim uma avaliação mais eficaz sobre a gravidade do acidente. Não é em todo caso que o soro será indicado; apenas o profissional de saúde poderá fazer essa avaliação. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.
