Perfil da cantora Elza Soares dá visibilidade a obra do escritor fidelense Antônio Júnior Persí

Autor de “O Mortiço” conta que escreveu o livro ouvindo Elza Soares. “Sempre me senti parte das músicas dela, parte das falas dela, parte da luta dela. E ver esse reconhecimento é algo que me toca profundamente” – disse
Fotos: Reprodução/ arquivo pessoal

A noite desta quarta-feira (28/10) foi de muita emoção para o jovem escritor Antônio Júnior Persí, natural de São Fidélis, no Norte Fluminense. Autor do suspense “O Mortiço”, ele foi surpreendido ao ter uma publicação sobre a playlist de seu livro compartilhada pelo perfil oficial da cantora Elza Soares no Instagram. O jovem conta que o fato gerou uma grande repercussão em suas redes sociais, tendo em vista que o perfil da cantora tem mais de meio milhão de seguidores. “Na Playlist tem essa música dela com a Pitty intitulada ‘Na Pele’. Música esta que traduz muito bem a essência do livro. Portanto ela fica em um ponto muito específico e tocante da playlist. A playlist tem atos. Esses atos são divididos por músicas do ritmo Drum ‘n’ Bass. E ‘Na Pele’ da Elza Soares é uma das músicas que fecha um desses atos. Essa música da Elza fecha um dos atos mais importantes, o ato que é composto por monstros da música como Cazuza, Caetano e Maysa. E quem fecha esse ato é a Deusa… É a Elza Soares!” – relata o escritor. Segundo ele, a surpresa de ganhar visibilidade no perfil de um de seus ídolos veio após um dia complicado. “No fim do dia eu recebi esse presente da Elza Soares. Foi uma montanha russa emocional. Mas tudo sobre esse livro tem sido assim! Realizar o sonho de colocar um livro pra fora, mas ao mesmo tempo estar no meio de uma pandemia. Mesmo com a dureza dos dias, ter alcançado a Elza Soares é a realização de um sonho. Eu como negro, como minoria, sempre me senti muito representado pela Elza. Sempre me senti parte das músicas dela, parte das falas dela, parte da luta dela. E ver esse reconhecimento é algo que me toca profundamente. Ver as pessoas me conhecendo por meio da Elza é a validação da minha arte de uma forma fortíssima e muito bem adequada em relação às mensagens que quero passar. Afinal, escrevi ‘O Mortiço’ ouvindo Elza Soares!” – disse. (continua após a publicidade)

Foto: Arquivo pessoal

Além do trabalho de escrever toda a história, Persí também se comprometeu a criar a playlist, como complemento da obra; tudo para proporcionar uma experiência artística excepcional aos leitores. “Meu livro tem sido instrumento de trabalhos acadêmicos e um desses trabalhos considerou a playlist do livro como parte integrante da experiência artística de O Mortiço. Eu sou de uma família de músicos, estudei música clássica na adolescência. Então, a música ocupa um espaço imenso e importantíssimo na minha vida. Sendo assim, para mim, uma playlist para o meu livro sempre me pareceu algo indispensável! Principalmente porque ouvi muita música para escrever meu livro. Eu colocava álbuns inteiros, shows inteiros para tocar enquanto escrevia. Elza Soares com seus recortes sociais. Crystal Castles com o som caótico. Lana Del Rey com suas letras e melodias profundas e emocionais” – destaca. Não é à toa que o livro também é muito sonoro. O autor narra, por diversas vezes, os sons dos lugares. No processo de criação o escritor contou com a ajuda de um amigo que é músico. “Sempre que preciso fazer arte, eu me cerco de arte. Logo assim que terminei de escrever meu livro, eu passei uma semana mergulhado em arte. Eu me rodeei de pinturas, poesias, obras cinematográficas e, obviamente, música. E ao longo dos dias a playlist foi se delineando. Finalizado esse mergulho artístico, solicitei a ajuda de João Marcos Alecrim, grande amigo e um dos músicos mais talentosos que conheço. Ele me ajudou a colocar todas essas texturas musicais na prática porque eu não tinha nem mesmo um celular que era capaz de fazer tremendo sonho se tornar realidade. Passamos dois dias imersos nas músicas que eu tinha em mente e finalmente a playlist de O Mortiço saiu” – revela Persí. (continua após a publicidade)

O autor destaca ainda que a playlist é composta por músicas que têm forte relação com a história de O Mortiço, sobre o amor, a tragédia, a saudade, o poder, a ganância, o medo, a noite. “De fato, fazer a leitura de O Mortiço e ouvir a playlist ao mesmo tempo é algo que pode sim enriquecer a experiência artística. E mesmo para quem não é de ler ouvindo música, parar para refletir sobre a história e ir fazendo os links entre as músicas pode ser uma experiência artística muito marcante e catártica” – frisa o autor. Para quem ainda não conhece a obra, há a oportunidade de adquirir um exemplar diretamente com o autor ou pelo site da editora Autografia (sendo a compra no site da editora sujeita a cobrança de frete). Uma nova tiragem já está disponível. Clique AQUI ou AQUI (YouTube) para conferir a playlist e AQUI para acessar o Instagram do autor e AQUI o Facebook.

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