Parque Estadual do Desengano pode se tornar o primeiro “Dark Sky Park” da América Latina

O Parque tem 22.400 hectares de extensão entre os municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos, e outros 22.400 de Zona de Amortecimento ao seu redor, área que ajuda a proteger o PED

De dia o cenário provido pela natureza é espetacular. De noite, é incrível! O Parque Estadual do Desengano (PED) é um lugar de beleza ímpar; um lugar repleto de cachoeiras, trilhas, e uma imensa variedade de plantas e animais nativos da Mata Atlântica, muitos deles raros e ameaçados, que precisam ser preservados. É tanta beleza que o PED pode ser tornar primeiro “Dark Sky Park” (parque para observação das estrelas) da América Latina. Isso graças a ausência total de luz artificial dentro dos limites do parque, que proporciona um céu iluminado e registros esplêndidos. O resultado são fotos incríveis como a do coordenador Guarda-parque, o Samir Mansur, feita próxima à Pedra do Desengano. (continua após a publicidade) 

Ao SF Notícias, o gestor do Parque do Desengano, o geógrafo Carlos Dário, disse que a unidade está em um processo que inclui encaminhamento de proposta, documentação, fotos, medições e outros dados para a comissão de avaliação da International Dark-Sky Association (IDA), onde o parque foi inscrito para concorrer ao título. “Dark Sky Park”, também conhecida como reserva de céu escuro, é uma área, geralmente em torno de um parque ou observatório, que restringe a poluição artificial da luz. O objetivo de uma reserva de céu escuro geralmente é promover a astronomia. O Parque do Desengano tem 22.400 hectares de extensão entre os municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos, e outros 22.400 de Zona de Amortecimento ao seu redor, área que ajuda a proteger o PED. O Parque Estadual do Desengano foi criado através de um Decreto-lei Estadual publicado em 13 de abril de 1970, para preservar sua notável expressão orográfica que o destaca no cenário regional como acidente de grande beleza cênica, com inúmeros picos rochosos e cobertura florística bastante representativa do bioma primitivo Mata Atlântica (ainda de forma contínua e com algumas das tipologias mais significativas de nossa flora) e um considerável número de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção; para preservar o grande número de representantes de nossa fauna, também com espécies endêmicas e ameaçadas; e o esplêndido e estratégico manancial de água alternativo para as regiões.

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