Operador do sistema quer vazão mínima no Rio Paraíba do Sul

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Fotos: Vinnicus Cremonez

O setor elétrico e o Operador Nacional do Sistema (ONS) estão estudando uma nova maneira de gerir a vazão dos reservatórios de água da Região Sudeste. A informação foi passada pelo gerente da Divisão de Hidrologia de Furnas, Marcelo Roberto Rocha de Carvalho, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga a crise hídrica no Estado e a transposição do Rio Paraíba do Sul. Segundo Carvalho, a ideia é criar uma resolução para dar mais segurança hídrica para os reservatórios da região. “Com essa nova resolução, queremos que seja praticada uma vazão mínima de 120 metros cúbicos por segundo no Rio Paraíba do Sul. Mas, esse processo só poderá ser colocado em prática quando os reservatórios estiverem com nível de água mais alto. Essa resolução é baseada em uma operação ideal”, disse.

Para o presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB), é necessário prever um sistema operacional para o Estado do Rio continuar fornecendo água e energia. “O Rio Paraíba do Sul hoje tem menos água do que deveria e os reservatórios que alimentam o Paraíba estão com os seus níveis em 50% da altura comparados ao nível que estavam no ano passado. Essa resolução que se pretende fazer visa a olhar o futuro e a fazer com que os reservatórios trabalhem sempre com os seus níveis altos, e o Paraíba do Sul funcione sempre no seu limite mínimo operacional”, explicou o parlamentar.

NIVEL DO PARAÍBA DO SUL 2Abílio Faia, engenheiro da Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC), também foi ouvido pela CPI e disse que uma obra emergencial está sendo executada, desde março, na Foz do Rio Guandu, para que as empresas Gerdau, TKCSA, Furnas e FCC, instaladas nas suas margens, possam utilizar a água do mar que invade o canal. “A obra, de construção de uma soleira, é da ordem de R$ 18 milhões e foi toda custeada pelas quatro empresas sediadas na região. A conclusão está prevista para a próxima semana. Essa obra permitirá que as indústrias tenham uma janela de captação de água doce ampliada”, informou Faia.

Para o deputado Luiz Paulo, essa obra é um paliativo, pois a construção de uma adutora será a solução definitiva. “É uma solução paliativa que vai atender, no mínimo, um ano e, no máximo, dois anos. Entre esse período, tem que ser encontrada uma solução definitiva que, no meu ponto de vista, é a construção de um adutora de 16 quilômetros de extensão que captará a água de reúso da Cedae”, disse o parlamentar.

Fonte: Alerj

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