“Não compraremos vacina da China”, diz Bolsonaro ao anunciar que Brasil não comprará 46 milhões de doses da CoronaVac

Ontem o ministro da Saúde assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan
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O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para informar que o Brasil não comprará a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Em resposta a uma seguidora, o presidente disse que “Não compraremos vacina da China”. O anúncio da compra foi feito ontem (20) pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que após reunião virtual com governadores, assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina. Para o protocolo de intenções de compra de doses da CoronaVac, uma nova medida provisória seria editada para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão. O Ministério da Saúde já havia anunciado, também, o investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan – o que auxiliará na produção da vacina.

A CoronaVac já está na Fase 3 de testes em humanos. Ao todo, os testes com a CoronaVac – que tiveram início no Brasil em julho – serão realizados em 13 mil voluntários. Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, ou seja, comprove que ela realmente protege contra o novo coronavírus, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. A CoronaVac prevê a administração de duas doses por pessoa. Mas, nesta terça-feira o presidente disse que o Brasil não irá comprar a vacina CoronaVac.

“A vacina chinesa de João Dória:
– Para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA.
– O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM.
– Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem.
– Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, postou  o presidente em seu perfil no Facebook. O Ministério da Saúde já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses.

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