Mortes por suspeita de meningite registradas em São Fidélis preocupam população

biologo-luizAs mortes por suspeita de meningite registradas em São Fidélis estão preocupando a população. Nesta segunda-feira (10/10) uma mulher morreu com suspeita da doença. Em agosto, um bebê de apenas seis meses também morreu ao apresentar sintomas da doença. Além dos dois casos com suspeita, uma mulher segue internada no Hospital Armando Vidal. Ela foi diagnosticada com meningite bacteriana, mas de um tipo não transmissível.

De acordo com o biólogo especialista em análises clínicas e professor de imunologia, Luiz Carlos Duarte, a meningite é uma inflamação nas meninges, que são membranas que recobrem o cérebro. Ela pode ser bacteriana, viral e fúngica. Sobre a bacteriana ele afirma: “Várias bactérias podem causar meningite. A meningocócica, por exemplo, é transmitida de pessoa a pessoa de gotículas de saliva, perdigotos de tosse ou espirro de pessoas contaminadas. É bom ressaltar que nem sempre quem transmite está doente; esta pessoa é chamada de portadora”.

A mulher, de 58 anos, que permanece internada no hospital, foi diagnosticada com meningite bacteriana. Luiz Carlos explica que “como é do tipo bacteriana, é uma transmissão de pessoa para  pessoa, a não ser que ela seja portadora sã e em algum momento tenha ocorrido uma baixa defesa orgânica e isto tenha levado a desenvolver a doença”.

Entretanto, ele defende que não há motivos para alarde, já que a paciente segue entubada na UTI e medicada. “Se estiver entubada e em uso de medicamentos não há necessidade de isolamento, visto que está em sistema respiratório fechado e não em ar ambiente. O hospital possui uma excelente equipe de profissionais médicos, enfermeiros e técnicos. São aptos e experientes para este tipo de caso, sei por que trabalhei lá desde 2003”, conta o biólogo.

Os principais sintomas da doença são vômitos, dor de cabeça forte, febre alta e rigidez na nuca. Segundo Luiz Carlos, nesta época de frio a incidência é maior, já que as pessoas tendem a se aglomerar e mantém ambientes fechados. Mas, ele diz que não há motivo para pânico, pois os casos são até o momento isolados e não representam surto.

A vacinação faz parte da prevenção da doença. Com duas doses, com três meses de idade, cinco meses e uma terceira de reforço com 12 meses. “O importante é um diagnóstico, exames rápidos. Só as pessoas que entraram em contato direto com a paciente devem tomar antibiótico preventivamente, fornecido pelo poder público. Assim como os profissionais que tiveram contato” finalizou.

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