Morte de bebê Paduano: Enfermeira, médica e testemunhas prestam depoimento

Segundo o delegado, em depoimento, a médica disse que o documento médico de Itaperuna, onde a criança faleceu, apontou septicemia como a causa da morte. Documento será apreendido para perícia

A Polícia Civil de Santo Antônio de Pádua segue investigando a morte do pequeno Gabriel Teixeira Demiciano, de apenas três meses, que faleceu no dia 06 de julho. Segundo o delegado titular da 136ª Delegacia Legal de Pádua, Dr. Ronaldo Cavalcante, a enfermeira, a médica e testemunhas que estavam no Hospital Hélio Montezano no dia em que a criança foi atendida, já prestaram depoimento, assim como familiares do bebê.

Entenda o caso

Ao SF Notícias, Wandela Barbosa, mãe do Gabriel, relatou que seu filho passou mal no dia 05 e foi levado para o hospital da cidade, apenas com vômito e náuseas. Ela afirma que ele foi atendido por uma médica, que mandou aplicar uma injeção de Digesan, por volta das 18h50min. A mãe conta que pelas 20h30min Gabriel estava com a respiração ofegante, o que segundo ela piorava com o passar do tempo.

“Voltei no hospital, a mesma médica estava lá e ela levou ele direto para o CTI” – contou Wandela, que também disse que o menino teve febre antes de retornar ao hospital.

Wandela disse ainda que Gabriel teve convulsões e foi transferido para o Hospital São José do Avaí, em Itaperuna. O menino não resistiu e morreu no dia 6 de juho. Wandela disse que o remédio injetado na criança seria contraindicado para menores de um ano, o que foi negado pela médica em depoimento, segundo o delegado. De acordo com o delegado, a médica disse que a medicação é recomendada sim, na dosagem de 0,1 ml.

A mãe de Gabriel alegou também que o prontuário que lhe foi entregue apresentava rasuras. Segundo o delegado, na cópia do prontuário que foi apresentado na delegacia, havia indícios de rasuras na quantidade da medicação, mas que ainda precisa ser confirmado pela perícia.

Ainda segundo o delegado, em depoimento, a médica disse que o documento médico de Itaperuna, onde a criança faleceu, apontou septicemia como a causa da morte, ou seja, que a morte não teria ligação com a medicação injetada em Pádua. O delegado informou que o documento será apreendido e encaminhado para a perícia. O delegado também aguarda o laudo histopatológico, que irá definir se havia acentuada quantidade de uma certa substância, no caso a medicação injetada, no momento da morte.

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