Um Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) divulgado pelo Ministério da Saúde na última semana indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya. Os dados foram coletados no período de janeiro a 15 de março.
Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
Os parâmetros para classificação dos estratos e dos municípios, quanto à infestação pelo Aedes aegypti (e também adotados para o Aedes albopictus), são: menor que 1%: SATISFATÓRIO; de 1% e 3,99%: ALERTA e acima de 3,99%: RISCO.
Na região, segundo a lista do LIRAa divulgada pelo Ministério da Saúde, Miracema está em risco com índice de infestação predial (IIP) de 4,5%. Os municípios de Natividade, Itaperuna, Macaé, Cordeiro, Macuco, Friburgo, Bom Jardim, Italva, Itaocara, Campos e Pádua estão em alerta com IIP entre 1,2% a 3,7%. Já os municípios de Santa Maria Madalena, Cardoso Moreira, São Sebastião do Alto, Cambuci, Aperibé e Cantagalo apresentaram IIP satisfatório.
São Fidélis não aparece na lista, mas de acordo com levantamento de LIRAa divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, também está em risco com 4,4%. Esse levantamento foi realizado de 6 a 12 de maio e aponta ainda que Campos e Cardoso Moreira também estão em risco.
O Ministério da Saúde alerta a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mesmo durante o outono e inverno, em todo o país. “O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção nas ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período mais frio do ano”, alertou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Osnei Okumoto. Segundo o secretário, a continuidade das ações é importante para manter baixos os índices de infestação, justamente para quando chegar a época de maior proliferação. “Assim será possível manter a redução do número de casos” explicou o secretário.