Mais do que era uma vez – O musical

foto(1)A vontade de se expressar é um fator que vem desde a pré-história, o homem sempre precisou se comunicar, expor seus sentimentos, mostrar para ele próprio e para o mundo o que ele sente, pensa e como enxerga a vida. E para isso precisamos de meios facilitadores para que as pessoas possam se expressar livremente, sendo o teatro o mais acessível deles.

O Teatro é uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados, que podem chegar a uma catarse. Segundo Aristóteles, a catarse teatral refere-se à “purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama”. Bem, mas por quê estou falando sobre isso tudo? Pra dizer que qualquer pessoa que tenha vontade de se expressar e faça isso de forma intensa, transparente e principalmente acreditando muito no que está fazendo, independente do lugar ou circunstância, pode sim fazer teatro.

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São Fidélis é uma cidade pequena, e desde muito novo sempre ouvi o mesmo discurso: “Ninguém aqui valoriza nada, não adianta, as pessoas não vão ao teatro, as pessoas não se interessam por nada…” e etc.. Porém a minha relação com essa constatação sempre foi infundada. Sempre me senti muito valorizado na minha cidade em absolutamente tudo que fazia por lá. Conheci pessoas muito criativas, empreendedoras e que fazem tudo isso com muita paixão e sacrifício, independente de retorno financeiro ou qualquer tipo de status; fazer teatro ali era uma forma de expurgar sentimentos e se enquadrar em algum contexto social. Pelo menos pra mim, fazer teatro era a forma de me sentir vivo, ter alguma relevância e propósito na vida além de lidar com a enchurralhada de sentimentos desgovernados da adolescência. O teatro ajudou a me “equalizar” e colocar as coisas em ordem.

10153449_702364289827596_587307385_nEm hipótese alguma estou afirmando que Teatro é Terapia, NÃO, não caiam nessa armadilha, não façam do teatro um meio de tratamento para suas questões pessoais, para isso existem profissionais qualificadíssimos que irão cuidar da sua cabecinha, ok?! Pense em teatro apenas como uma experiência de crescimento individual, troca de energia e enriquecimento pessoal, quanto mais conhecemos o ser humano, mais tolerantes as diferenças ficaremos, o teatro te ajuda a pensar como outra pessoa, a agir como outra pessoa e por consequência entender o mundo como outra pessoa. Nada pode ser mais rico, não é?!

10173336_702364286494263_1346511178_nQuando meu amigo Leonardo Coutinho me contou que estava ajudando a produzir um musical para a sua igreja, fiquei muito feliz. Independente do tema ou propósito, fico orgulhoso de saber que ainda existem iniciativas para que o teatro permaneça vivo em nossa cidade. Não pude estar presente nas apresentações que foram nos dias 29 e 30 de março, mas acompanhei alguns vídeos, fotos e conversei com algumas pessoas, que me trouxeram a mesma opinião: “Mais do que era uma vez” foi um espetáculo bonito, bem cuidado, feito com muito profissionalismo, cumprindo exatamente o que havia proposto. 

Produzido pelo Ministério de Coreografia “El Shaddai” da Primeira Igreja Batista de São Fidélis, o espetáculo com aproximadamente duas horas de duração contou a história de Cris, uma jovem bailarina que junto com sua professora de dança Beatriz, levam o público a uma viagem de reflexões, questionamentos e superação de obstáculos através da fé. Acredito que a história tenha sido encenada de maneira abstrata, já que a dança permite essa comunicação direta com o lúdico e é a manifestação que representa formas e conteúdo alheios a qualquer representação figurativa e que transcende às aparências exteriores da realidade.

Conversei com a Camila Muniz, a organizadora do projeto e ela contou aqui pra nossa coluna um pouquinho de todo esse processo! 

Camila, como você vê a importância de eventos como esse para o crescimento cultural de nossa cidade?
O musical por se tratar de dança e teatro, mostra de forma criativa e espiritual o quão criativo é o Deus a qual servimos e nos inspirou a devolver esse projeto de Deus pra nossa cidade”. 

Da onde surgiu a ideia de contar essa história através do Teatro?
“Como estamos envolvidos no ministério de artes da igreja decidimos juntar o teatro a dança como forma de atrair a atenção das pessoas para o recado que Deus deseja transmitir a nossa cidade nesse tempo, através de nós”. 

Quem elaborou o texto e a concepção do Espetáculo?
“Deus nos presentou com todo o texto. Através de palavras abençoadíssimas de muitos servos Dele e capacitando servos q se colocaram a disposição pro agir de Deus através Deles”.

Vocês receberam algum incentivo ou apoio para os gastos de produção?
“Sim, nossa igreja eh sempre incansável em nos abençoar e investir os recursos pra expansão do reino de Deus. Também recebemos ofertas de amor de pessoas com o coração na obra de Deus”.

Como vocês dividem as tarefas dentro do grupo de vocês? As pessoas escolhem o que querem fazer?
“Deus é quem capacita e levanta. A cada um de nós Deus tem confiado dons e talentos e nós em retribuição devolvemos a Deus aquilo q ele merece e tem nos concedido a viver e a fazer!”

Vocês pretendem dar continuidade a ideia de passar a mensagem de vocês através de teatro e dança?
“Sim. Deus nos chamou a trabalhar com a arte e enquanto Ele nos der o privilégio de trabalhar pra Ele nessa área, nos colocamos a disposição pra Deus nos usar através de eventos tão espirituais, abençoados e abençoadores. Como este primeiro de muitos musicais do Ministério El Shaddai”.

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Observa se muito claramente nas respostas dadas por Camila que tanto ela quanto todos envolvidos no projeto, sabem exatamente do que estão falando e para quem estão falando, fatores fundamentais para se alcançar o êxito de qualquer trabalho. Muito obrigado Camila, mais uma vez parabéns pela iniciativa e que essa peça sirva de incentivo a outros grupos, outras igrejas, entidades, escolas e anônimos para que mais e mais projetos culturais sejam feitos, ajudando assim a nossa cidade continuar viva!!!

“Mais que era uma vez”, espetáculo produzido pelo Ministério Conexão Jovem da PIBSF em parceria com o Ministério de dança El Shaddai, com Camila Muniz, Giselly Cunha, Letícia Souza, Larissa Jother, Amanda Melo, Milena Neves, Renata Verdan, Isadora Valente, Lucas Villaça, Edgar Arthur, Pedro Ribeiro, Wictor Hugo, Hugo Calomeni, Danilo Machado, Gabriel Menezes e Otávio Defanti. Produção textual e figurinos de Camila Muniz e Lucas Villaça; cenários de Leonardo Coutinho, Camila Muniz, Lucas Villaça e Fabrício Machado; iluminação de Tatá; sonoplastia de Fabrício Machado e Isaac; cabelo de Nayara Poli; maquiagens de Beatriz Oliveira e Emanuela Vieira; divulgação e mídia de Débora Cunha; apoio do Ministério Conexão Jovem da PIBSF, Samuel Gibara, Andréa Neves, Ronaldo Barcelos, Mateus Pacheco, Wânia Borges, Ana Paula Gomes e SIBASF e Ministrações de Pastor Mateus Machado e Pastor Hermínio Pandino.

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