Lava Jato: Garotinho e Rosinha são citados na delação da Odebrecht

Segundo um dos x-executivos da Odebrecht, o casal teria recebido R$ 9,5 milhões em três eleições
Fotos: reprodução                                                               Fonte: Agência Brasil / G1

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos com foro privilegiado citados em depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. Fachin também determinou que 201 pedidos de investigação que envolvem pessoas que não tem foro privilegiado fossem remetidos para instâncias inferiores.

Fachin encaminhou à Justiça do Rio de Janeiro as citações ao ex-governador do estado Anthony Garotinho feitas por delatores da Odebrecht. Caberá à primeira instância da Justiça decidir se abre inquérito para investigar os fatos. Segundo um dos ex-executivos da empreiteira Odebrecht, o Leandro Azevedo, o casal teria recebido R$ 9,5 milhões em três eleições.

Ao prestar depoimentos nos acordos de delação premiada, os ex-executivos da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro de Andrade Azevedo afirmaram que Anthony Garotinho recebeu dinheiro de caixa dois da empresa para a campanha dele ao governo do Estado em 2014.

Os delatores contaram ainda que Rosinha Garotinho recebeu recursos de caixa dois para as campanhas à Prefeitura de Campos em 2008 e 2012. “Presenciei, algumas vezes, Garotinho telefonando para os secretários da Fazenda do Município durante a gestão de Rosinha em Campos (…) e pedindo que tivéssemos preferência na regularização dos pagamentos em atraso”, diz trecho da delação de Leandro Azevedo.

Em seu blog, Garotinho afirmou que sempre manteve com os diretores da Odebrecht relação amistosa e que gostaria que o delator Leandro Azevedo informasse o país, o banco e número da conta em que teria depositado dinheiro no nome dele ou de Rosinha.

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