Juíza condena a 14 anos de prisão acusado de matar mulher no Natal, em Pádua

De acordo com a sentença, ele já possui diversas anotações por crimes praticados no âmbito da violência doméstica e familiar no estado de Minas Gerais
Foto: arquivo SF Notícias

Quase um ano após matar a companheira Ana Luzia de Oliveira Ramos, a facadas – crime ocorrido no Natal de 2018, em Santo Antônio de Pádua, Noroeste Fluminense – José Aroldo dos Santos Carvalho Júnior foi levado a júri popular, no último dia 29 de novembro, e condenado a 14 anos de reclusão pela Juíza Mayane de Castro Eccard, que presidiu a sessão de julgamento. Após receber a palavra, o Ministério Público, sustentou pela condenação do acusado, pelos delitos de homicídio consumado, na modalidade qualificada, em razão de ter sido cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio), e também pelo crime de ameaça, por três vezes. Já a defesa requereu a absolvição do acusado nos crimes de ameaça, por ausência de dolo, e no tocante ao crime de homicídio, para que se condenasse o réu somente pela prática do crime previsto no artigo 121, (Matar alguém), com a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo §1º do artigo 121, afastando-se a qualificadora disposta no §2º, inciso VI (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino), sustentando a aplicação da atenuante prevista no artigo 65, inciso III, alínea ‘c’, do Código Penal (cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima). (Continua após a publicidade)

Ainda de acordo com a sentença, além de ter ameaçado a ex-companheira, o acusado teria ameaçado de morte um homem que teria tentado ajudá-la. Foi verificado ainda que o acusado, no estado de Minas Gerais, possui diversas anotações por crimes praticados no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher. Após a deliberação dos jurados, a juíza fixou a pena em 14 anos. Ana Luzia foi morta no dia de Natal, em 2018, no bairro Gerador, em Pádua. Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, sendo encaminhada ao Hospital Hélio Montezano, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de dar entrada no hospital. O corpo foi velado no Cemitério João Paulo, no bairro Dezessete em Pádua, e sepultado em Miracema. O acusado está preso desde o dia 27 de dezembro do ano passado, quando foi cumprido o mandado de prisão preventiva. Ao SF Notícias, a filha de Ana Luzia, Thaís Oliveira, afirmou que a justiça foi feita, mas que esperava mais. “Acho que foi feita a justiça sim, mas eu esperava mais. Sei que nada vai trazer minha mãe de volta, mas agora sei que minha mãe tá descansando em paz, pois lutei pela justiça até o fim” – disse.

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