Guerra de armas de gel vira febre e chega a São Fidélis; secretário de segurança do RJ fala sobre riscos

Secretário falou que muitas dessas armas se assemelham ao armamento usado pelo tráfico, e que menores e jovens estão se caracterizando como criminosos para fazer tal brincadeira.

Após virar uma febre nas redes sociais e em diversas cidades do Brasil, as armas de gel já são vistas em São Fidélis. Grupos de adolescentes e jovens se reúnem e promovem o que vem sendo chamado nas redes sociais de “guerra”, como se fosse uma batalha entre os envolvidos com réplicas de armas que disparam “munições” de gel.

Fotos de menores com as armas já circulam nas redes sociais em São Fidélis. Nas fotos, eles aparecem com toucas, alguns com o rosto coberto e fazendo até sinais com as mãos. Eles já foram vistos praticando, a até então brincadeira, na Praça Central da cidade, na Avenida Sete e na região no bairro São Vicente.

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O que até então é uma brincadeira, e que se popularizou nas últimas semanas, já vem dividindo opiniões. Muitas cidades do Nordeste do país estão proibindo a venda e o uso dessas armas após diversas pessoas ficarem feridas. Só no Recife, a Fundação Altino Ventura (FAV), hospital de referência no atendimento oftalmológico no estado, registrou mais de 30 atendimentos nos últimos dias. As balas disparadas podem atingir os olhos e causar graves ferimentos, prejudicando a visão.

Outro fator discutido pelas autoridades são as armas. A maioria delas são coloridas e facilmente identificáveis, mas outras já se assemelham ao armamento usado pelo tráfico. Além disso, muitos dos menores e jovens que se reúnem nas chamadas guerras usam toucas para cobrir o rosto e se caracterizam como criminosos.

Ao SF Notícias, o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Victor Santos, falou sobre os riscos dessas armas serem confundidas por policiais em patrulhamentos, já que muitas delas se assemelham ao armamento usado pelo tráfico, e sobre como muitos dos menores e jovens estão se caracterizando.

“Os profissionais de segurança pública conseguem identificar que as armas coloridas tratam-se de uma arma de brinquedo. Mas outras, que são muito próximas de um simulacro, podem ser confundidas. E pelas imagens que temos visto, não são só armas. Eles se caracterizam como criminosos. Isso é um risco para eles, porque uma equipe policial pode ver um grupo desses brincando e entender de outra maneira. Isso pode pôr em risco essas pessoas”, disse o secretário de Segurança Pública.

Já a Polícia Militar disse que a Corporação, por meio da Unidade Operacional responsável pelo patrulhamento da região, mantém contato com integrantes da sociedade civil, por meio de seus canais de comunicação e por meio de encontros com pais, para esclarecer os riscos dessa prática, que se popularizou em diversas cidades brasileiras.

A PM disse ainda que a corporação vem intensificando as orientações aos agentes para que os mesmos tenham cuidado com possíveis abordagens a esses grupos de jovens que participam desses encontros. “Nos casos em que a prática acontece em locais com presença policial, os agentes abordam os envolvidos e orientam os menores a ter cautela ao portar esses equipamentos em via pública”, disse a PM.

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