Fiocruz entrega ao PNI primeiro lote de vacinas contra Covid-19 produzidas no Brasil; veja o vídeo

Nesta quarta (17) a Fundação entregou 500 mil doses e, até sexta-feira (19), entregará outras 580 mil. Até o fim do mês a Fiocruz deverá entregar cerca de 6 milhões de doses por semana
Imagens: Paulo Schueler

A Fiocruz realizou na manhã desta quarta (17/03), uma cerimônia para marcar a entrega do primeiro lote de vacinas Covid-19 produzidas na instituição, ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. O evento, no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, contou com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, do presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e que tomará posse como novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, da presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, e outras autoridades. A Fundação entregou inicialmente 500 mil doses e, até esta sexta-feira (19), entregará outras 580 mil. Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 12 de março, a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina Covid-19 produzida no país.

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Em entrevista após a saída do primeiro caminhão com lotes da vacina, Queiroga, que deve tomar posse nesta quinta, disse que o distanciamento social e a melhora no atendimento hospitalar, aliados à vacinação em massa e o respeito aos protocolos, como o uso de máscaras, contribuirão para o controle da pandemia e a diminuição do número de mortes e internações. Ele ressaltou que conta com a força da Fiocruz para vencer a pandemia. Pazuello afirmou que até julho o país terá imunizado metade de sua população vacinável e a outra metade até o fim do ano. Já a presidente Nísia Trindade Lima destacou que a entrega das primeiras doses fabricadas na Fiocruz “é um marco para o país começar a superar a grave crise sanitária, econômica, social e humanitária que vive”. Segundo a dirigente, “a vacina é um dos principais instrumentos para virarmos esta página”.

O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, afirmou que até o fim do mês a Fiocruz deverá entregar cerca de 6 milhões de doses por semana, até atingir o total de 100,4 milhões previstas no contrato com a Astra/Zeneca, cujo cronograma seguirá até julho. “A partir da produção local do [Ingrediente Farmacêutico Ativo] IFA, uma tecnologia altamente complexa, vamos ganhar em celeridade. É um orgulho participar desta história” – disse. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, garantiu que a pasta está atenta a possíveis eventos adversos pós-vacinação. “Criamos o primeiro boletim dedicado a esses efeitos e temos mantido uma vigilância permanente, com total controle dos imunizantes que são distribuídos, com o apoio da Anvisa. A vacina produzida pela Fiocruz apresenta altíssima eficácia e segurança também em relação às variantes do coronavírus. A população pode ficar tranquila que tudo está sendo muito bem monitorado” – afirmou. A presidente da Fiocruz ressaltou que a instituição também é responsável por esse acompanhamento e que a autoridade de saúde da União Europeia esclareceu que não há razões para interromper a vacinação, já que os benefícios são grandes. “Estudos pós-vacinação apontam para uma redução drástica das internações por Covid-19”, disse Nísia.

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