Familiares de suspeito de homicídio protestam no Fórum de São Fidélis

Fábio Dias Ribeiro é um dos suspeitos de envolvimento em um homicídio ocorrido no ano passado em Penedo
Foto: SF Notícias

Estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (22/02) a audiência de instrução e julgamento de três homens que são acusados de envolvimento na morte de João Batista Barbosa de Barros, de 49 anos. O crime aconteceu em setembro do ano passado, na altura do KM 10 da RJ-234, rodovia que liga Pureza, distrito de São Fidélis, a BR-356. Entre os acusados está Fábio Dias Ribeiro, de 37 anos. Familiares e amigos de Fábio realizaram uma manifestação na porta do Fórum Francisco Polycarpo, nesta quinta, alegando inocência do mesmo.

“No dia que aconteceu esse crime o meu irmão estava aproximadamente uns dez quilômetros de onde aconteceu. Na hora ele estava com mais duas pessoas trabalhando no sítio que ele tira leite e estava fazendo até uma pista de laço. Meu irmão terminou o que tinha que fazer e foi pra casa, tomou banho e foi pra igreja. Depois que ele já tinha voltado da igreja, que já estava em casa deitado para dormir, chegou o carro de polícia na casa dele falando que ele tinha que vir depor sobre o crime. Ele falou “eu vou, eu não tenho nada a temer”. Meu irmão veio pra depor, segundo os policiais, seria só pra depor. Isso já faz quase 6 meses que o meu irmão está preso tendo a inocência. Por que ele não estava no local, ele estava com testemunhas. O rapaz que disse que era ele, o filho do que morreu, falou que ele tinha feito com uma arma lá, que no caso a perícia indica que é outra arma que o cara foi morto e até então com todas as provas que tem o meu irmão está preso já vai fazer 6 meses já”, disse Mauriceia Dias Ribeiro Diniz, irmã de Fábio, em entrevista ao SF Notícias.

No dia do crime, Fábio teria andado em um carro parecido com o que foi usado no crime. “Ele andou no carro, porque o carro segundo o que estão falando, o carro é parecido com o carro que o sogro dele tem. Num dia antes ele foi visitar o sogro dele juntamente com meu pai, com a minha mãe, minha sobrinha e com a esposa dele. O carro do meu irmão levantou a vareta do óleo na hora que tava indo, chegou lá já não tinha óleo no carro. Ele não teve como voltar pra casa com o carro dele, o sogro dele [de Fábio] emprestou o carro, ele foi no carro dele, isso no sábado. No domingo de manha meu pai comprou o óleo, trouxe o óleo, Fábio tirou o leite, veio pra casa pegou o carro do sogro foi e destrocou. Na hora que ele estava indo destrocar o carro ele passou no local, no dia, mas num horário totalmente diferente do acontecido. A gente não vê explicação porque está acontecendo isso, como que pode um inocente, meu irmão é inocente. Meu irmão só sabe trabalhar”, conclui Mauriceia.

Até o momento em que nossa equipe esteve no Fórum, a audiência ainda não havia começado.

O crime

munição apreendida no dia

João Batista Barbosa de Barros estava em uma moto com a sua neta de dois anos e seu filho de 22 anos quando ocupantes de um carro, modelo Fiat de cor vinho, efetuaram disparos de espingarda calibre 12. O crime aconteceu na RJ-234, altura da localidade de Penedo, zona rural de São Fidélis.

Além de Fábio, outros dois homens, identificados como E.O.S., 28 anos, e J.M, de 55 anos, foram presos horas após o crime. No dia do assassinato a Polícia Civil informou que as vítimas estavam voltando de uma pescaria. O filho de João – identificado apenas como A.B.B. – que conduzia a moto. Ele contou a polícia que viu um veículo se aproximando e diminuiu a moto para dar passagem ao carro, mas nesse momento, os ocupantes do automóvel efetuaram um tiro.

O tiro atingiu João, passou raspando na cabeça da menina e atingiu as costas de A.B.B. Os três acabaram caindo em uma valeta ao lado da rodovia. Mesmo baleado, A.B.B. pegou a filha e saiu correndo e conseguiu se esconder em um matagal.

Os três suspeitos foram encontrados horas depois na mesma localidade. Na casa de um deles os PMs encontraram um veículo com as mesas características do que teria sido usado, e dentro do carro, uma munição de espingarda calibre 12, o mesmo modelo da arma que teria siso usada pelos autores do homicídio.

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