Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral é condenado pela 14ª vez na Lava Jato; pena ultrapassa 294 anos

Cabral foi sentenciado a mais 11 anos e 10 meses de prisão, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Segundo a sentença, o ex-governador instituiu como regra o percentual de 5% sobre os contratos celebrados com o Estado do Rio de Janeiro a título de propina
Foto: Reprodução

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi condenado pela 14ª vez na Lava Jato, desta vez, na Operação C’est Fini, que significa “É o fim”. Ele foi condenado a mais 11 anos e 10 meses de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, e com isso, sua pena ultrapassa 294 anos. Além dele, também foram condenados Wilson Carlos e Luiz Carlos Bezerra, operadores financeiros do ex-governador, e o empresário George Sadala. De acordo com a sentença, Sérgio Cabral, ao assumir como chefe do Executivo estadual, instituiu como regra o percentual de 5% sobre os contratos celebrados com o Estado do Rio de Janeiro a título de propina. As condenações são referentes ao pagamento de propina por Sadala, com objetivo de administrar as unidades do serviço Poupa Tempo. Entre 2009 e 2015, R$ 1,3 milhão de propina teria sido pago a Cabral, Wilson Carlos e Bezerra. (continua após a publicidade)

O juiz considerou os motivos que levaram o ex-governador à prática criminosa “altamente reprováveis” o que revela “tratar-se de pessoa gananciosa e que, apesar ter total conhecimento da natureza criminosa de suas atividades e da gravidade dos seus atos, perseverou na prática de delitos ano após ano”. “As circunstâncias em que se deram as práticas corruptas, além de envolver altas cifras, por vezes combinadas em sua própria residência e/ou na sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro, são perturbadoras e revelam desprezo pelas instituições públicas. Além disso, a atividade criminosa do condenado mostrou-se apta à criação de um ambiente propício à propagação de práticas corruptas no seio da administração pública, pelo mau exemplo vindo da maior autoridade no âmbito do Estado” – alegou o magistrado. O advogado de Cabral, Márcio Delambert, discordou da condenação em nota. “A defesa vai recorrer. O ex-governador é colaborador da Justiça. Apesar da redução de pena, sua contribuição merecia a concessão do perdão judicial”.

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