Escritor fidelense participa da 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes

Além de marcar presença no evento com seus livros, Antônio Júnior Persí também lançou um artigo científico com distribuição gratuita que abarca Letras e Psicologia.

No último final de semana, o autor fidelense Antônio Júnior Persí fez parte da 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes. No sábado, dia 31, o autor foi à Bienal para terminar de acertar os pormenores de sua passagem pelo evento, marcada para o dia 1º. No entanto, o escritor também conseguiu tempo para estar na mesa redonda e sessão de autógrafos do renomado escritor Eduardo Spohr, autor de livros de aventura como “Filhos do Éden” e “A Batalha do Apocalipse”.

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“Eu comecei a ler as obras de Eduardo Spohr quando eu tinha 16 anos. Quando ele surgiu nos bastidores da Bienal e foi para o palco, um sorriso imenso brotou no meu rosto e eu fiquei assim durante todas as falas do Eduardo. Fiquei me perguntando se um dia, lá atrás, aquele eu de 16 anos tinha ideia de que um dia se tornar escritor e que iria conhecer o Eduardo Spohr.” – Antônio Júnior Persí relatou.

Ao final das falas de Eduardo Spohr, no momento dos autógrafos, também eram permitidas perguntas dos leitores que estivessem com seus livros. Persí era um desses fãs do autor. Nessa altura, ao ter contato com Eduardo, Persí relatou que teve uma troca de ideias de escritor para escritor.

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“Eu disse ao Eduardo Spohr que geralmente os meus leitores elogiam as descrições que faço nos meus escritos, dizendo que são narrações visuais. Relatei a ele que sempre que meus leitores dizem isso, eu falo “Eu puxei isso do Eduardo Spohr!”. Em seguida, perguntei: “E você, Eduado? De quem você puxou as descrições?”.

Persí informou que Eduardo, frente a sua fala, sorriu, agradeceu pela admiração e inspiração e que, em seguida, fez as seguintes devolutivas:

“Eduardo Spohr disse que Stephen King, por exemplo, sempre foi, para ele, uma grande inspiração de autor com narração forte. E disse também que a descrição é de um estilo próprio bem estudado. Aí que veio uma das maiores surpresas em relação ao Eduardo Spohr, pois ele me questionou ao dizer: ‘Já parou para pensar que a descrição é algo que já vive em você? Já parou para pensar que, independente de mim, você já tem no seu estilo o gosto pela descrição?’. Eu percebi nessas falas do Eduardo Sphor algo tão nobre e humilde. Ele poderia muito bem dizer que, sem a influência dele, a minha escrita não seria a mesma. No entanto, ele disse que as respostas podem sim já estar em mim!”.

Já no dia seguinte, 1º de junho, era dada a hora do comparecimento oficial de Antônio Júnior Persí na 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes. A participação de Persí foi das 15h às 17h no estande da Academia Pedralva de Letras e Artes junto com a União de Trovadores do Brasil em Campos dos Goytacazes. Com Persí, também esteve Guilherme Guarino, co-autor do artigo científico “A Capacidade da Arte Produzir Efeitos na Mente Humana” que foi lançado na bienal.

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“O lançamento desse artigo na Bienal de Campos é muito congruente, pois, como o título sugere, nada mais justo que divulgar um estudo como esse em um espaço tão importante para a arte, tal como também é repleto de estímulos visuais e sonoros a partir da – e sobre – arte. Além disso, como o acesso ao artigo é gratuito, estar na Bienal e espalhar esse conhecimento é muito importante. Ademais, esse estudo é resultado do ensino público de qualidade presente em Campos dos Goytacazes. Se não fosse pelo IFF (Instituto Federal Fluminense) Campos Centro e pela UFF (Universidade Federal Fluminense) de Campos dos Goytacazes, esse artigo jamais seria possível de ser realizado, afinal, eu e Guilherme somos, respectivamente, frutos dessas instituições de ensino.”. – Antônio Júnior Persí relatou.

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Sobre o teor do artigo “A Capacidade da Arte Produzir Efeitos na Mente Humana”, Persí explicou que se trata de um estudo que investiga as sensações causadas pela arte, sejam elas mais a nível mental ou até mesmo corporal. A exemplo desses efeitos, o autor relatou como os indivíduos, ao lerem, tendem a criar imagens em suas mentes ou quando ouvem música, podem vir a ficar arrepiados. “Nas Letras, estudei muita filosofia e estética da recepção, por exemplo, que são bastante importantes para esse estudo. Entretanto, é indispensável agradecer ao Guilherme por suas contribuições, pois seria inviável tratar sobre os efeitos da arte na mente sem alguém da Psicologia, tal como ele. Juntos, balizamos nossas áreas de estudos, de forma interdisciplinar, em prol de um objetivo em comum: investigar os efeitos da arte na mente humana” – explicou.

Além do lançamento do artigo, Persí esteve no estande para versar acerca dos seus livros “O Mortiço”, “El Mortecino”, “A Costura” e “Olga Dantelly: A Extraordinária Vida de Marcelo Guimarães” que recentemente, com seu roteiro adaptado para um musical, recebeu o prêmio de Melhor Espetáculo da Turma Ok de 2024, sendo este o espaço que contém o Palco Theca de Castro, onde ocorreu a peça.

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A participação de Antônio Júnior Persí recebeu o público em geral, assim como figuras ilustres. Uma dessas figuras foi o Jefferson da Editora Autografia, selo ao qual o escritor pertence. “Eu fiquei muito feliz e honrado pela presença da minha editora em meu comparecimento na Bienal de Campos. Ver a Autografia pegando estrada, vindo do Rio para o interior, para estar comigo, sem dúvidas, é de uma alegria imensurável. De fato, esse é um dos maiores presentes que eu poderia receber nessa bienal: o reconhecimento” – relatou.

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Artistas importantes do circuito artístico de Campos dos Goytacazes também estiveram presentes. Um desses grandes nomes é Sol Figueiredo. “A Sol foi uma das principais responsáveis pela minha passagem nessa edição da Bienal do Livro de Campos. E, para mim, é uma honra ver Sol se movimentando para que eu consiga marcar presença, pois ela é uma das artistas mais completas de Campos dos Goytacazes. E, mesmo em meio aos seus inúmeros afazeres, ela tirou seu tempo para me ajudar e para estar comigo nesse momento tão importante para mim e para minha carreira. Sol, muito obrigado!” – explicou o autor.

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Mais um dos artistas marcantes de Campos a comparecer na participação de Persí foi o escritor Carlos Augusto Souto de Alencar. “Carlos Augusto prontamente me acolheu no estande da Academia Pedralva de Letras e Artes junto com a União de Trovadores do Brasil em Campos dos Goytacazes. Sem a acolhida de Carlos Augusto nesse ilustre espaço, nada seria possível. Então, venho expressar minha gratidão a esse artista incrível, que se mostrou tão magnânimo em sua generosidade assim como é na escrita!” – informou Persí.

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A escritora e professora universitária Verusca Reis também prestigiou o autor fidelense. “Verusca é uma querida! Já viajamos juntos para eventos literários. Coincidentemente dividimos o mesmo selo literário, o que evidencia como só tem gente fina na Editora Autografia. Cada reencontro com Verusca sempre compõe uma leveza e uma gentileza sem igual. Solícita e companheira sempre! Muito obrigado por mais esse encontro, Verusca. Até a próxima e que a próxima seja em breve!” – explanou o autor.

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A arte fidelense também se fez presente no comparecimento de Antônio Júnior Persí na Bienal do Livro de Campos. O multiartista Alexandre Mury passou boa parte da participação de Persí junto do autor. “Alexandre Mury é uma pessoa que é tão artística que até mesmo as conversas com ele são catárticas. Quando eu o notei surgindo, fiquei tão feliz, sobretudo ao vê-lo tendo em mãos o projeto ‘O Tesouro da Bicuda Grande’ de Luiz Antônio Cosmelli e com diagramação de Alexandre Mury. É uma honra ter a presença de Mury, tal como também é um prazer. Como de costume, tivemos conversas transcendentais e profundas ao mesmo. Tem certos tipos de papo que só com Mury mesmo. Muito obrigado, meu nobre, pela presença, tal como por cada linha de prosa!” – relatou o escritor fidelense.

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A Drag Queen biografada de Persí, a Olga Dantelly, também se fez presente direto de Miami. “Nada seria possível sem Olga Dantelly! Marcelo Guimarães, que dá vida a Olga Dantelly, é alguém que move mundos e fundos pelo meu sucesso. A generosidade desse artista incrível, tal como sua torcida, são combustíveis da minha carreira. Eu não iria tão longe sem Olga Dantelly. E talvez eu não iria até mesmo perto sem ela. Minha gratidão à Olga é uma gratidão de uma vida inteira, de uma carreira inteira. E eu desejo para ela tudo que ela sempre deseja para mim. Marcelo, muito obrigado por tudo! Espero um dia ser capaz de retribuir por tanto!” – explicou o autor.

“Gostaria de agradecer também a Nana Rangel. Ela foi uma das principais parceiras que colaboraram para que eu estivesse nessa Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes, fazendo o possível e o impossível para garantir meu espaço e a distribuição do artigo lançado por mim e por Guilherme Guarino. Na correria, não conseguimos nos encontrar, apesar de inúmeras tentativas, mas estivemos em contato sempre pelo celular. Portando, a Nana eu dedico a menção honrosa da minha participação nessa bienal. Nana, muitíssimo obrigado! Nos encontraremos muito em breve, se Deus quiser!” – completou.

Para fechar com chave de ouro o dia que marcou a participação de Antônio Júnior Persí na 12ª Bienal do Livro de Campos, houve uma mesa redonda da ilustre escritora Conceição Evaristo, junto de Eliana Alves Cruz, com mediação de Neusinha da Hora, na Arena Jovem do evento, que ficou lotada.

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“Eu estudei bastante sobre Conceição Evaristo nas Letras e ela sempre me deixou muito tocado. Ouvir e ver Conceição Evaristo pessoalmente, junto de mulheres negras tão incríveis, fez com que eu fosse muito comovido. Senti alegria nesse momento, mas também revolta e certa melancolia. Entrar em contato com falas sobre a negritude advindas de pessoas negras e que estudam sobre nossa vivência, é algo que mexe muito, muito fundo na gente. De imediato eu pensei na minha mãe… De imediato pensei como não era para eu estar ali, naquele dia, ocupando aquele espaço… Que frente a toda marginalização que a sociedade promove às pessoas negras, o fato de alguém como eu estar ali é algo, no mínimo, revolucionário. Só de lembrar, me emociono. E agradeço a essas mulheres por existirem e irem tão fundo, apesar dos pesares. Jamais vou esquecer de Conceição Evaristo dizendo que ‘Escrever dói, mas cura.’. Essa é uma reflexão que guardarei para sempre!”. – Antônio Júnior Persí finalizou.

Frente aos relatos do escritor fidelense, é possível perceber a imersão que há em eventos como as bienais. Logo, é importante sinalizar que Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes vai até o dia 10 de junho no CEPOP Campos com programação diversa e recheada para todos os públicos.

Para ter acesso gratuito ao artigo “A Capacidade da Arte Produzir Efeitos na Mente Humana” de Antônio Júnior Persí e Guilherme Stellet Guarino, basta acessar o link a seguir para baixar o livro “Ciências Humanas e Sociedade: Estudos Interdisciplinares – Vol. 5” e nele encontrar o estudo em questão no capítulo 17 a partir da página 223. https://ayaeditora.com.br/Livro/35518

Para quem ainda não conhece a obra de Persí, há a oportunidade de adquirir um exemplar diretamente com o autor ou pelo site da editora Autografia (sendo a compra no site da editora sujeita a cobrança de frete). Clique AQUI ou AQUI (YouTube) para conferir a playlist e AQUI para acessar o Instagram do autor e AQUI o Facebook.

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