Escritor fidelense doa exemplares de seu livro em português e espanhol para a Biblioteca Municipal

Exemplares do livro de Antônio Júnior Persí na versão em espanhol ficaram prontos recentemente e já estão sendo comercializados em outros países.
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São Fidélis, no Norte Fluminense, teve mais um mês de abril atípico, sem sua tradicional festa em honra ao padroeiro, que contava com programação musical, religiosa e também cultural. Buscando contribuir para manter viva a chama da cultura na Cidade Poema, o escritor fidelense Antônio Júnior Persí realizou no sábado (24/04), véspera do dia do padroeiro, a doação de 10 exemplares de seu livro “O Mortiço”, com uma grande novidade: cinco dos exemplares na versão em espanhol. O livro na língua espanhola já está sendo comercializado no Brasil, em Miami, Espanha e também em Portugal (em ambas as línguas). Para Persí, a doação se encaixa como uma celebração do lançamento do livro em Espanhol, celebração da festa da cidade, e também serve como incentivo à leitura e visita ao acervo da biblioteca, já que ler é algo que geralmente se faz sozinho e é uma prática muito interessante para se manter em meio a pandemia.

Jovem escritor sempre teve a ideia de doar livros para a Biblioteca Municipal de São Fidélis


“Na verdade, o ISBN do meu livro ficou pronto em março de 2020. Porém, com todos os entraves da pandemia, só em junho de 2020 o meu livro foi lançado. O meu plano inicial era doar livros para a biblioteca em abril de 2020, que coincidiria com a época da festa de São Fidélis. Contudo, não houve a tradicional festa por causa da pandemia. Um ano depois e a pandemia resiste. Mas o que resiste também é a necessidade que há de cultura. Sendo assim, planejei com Pedro Cruz, Wânia, João Marcos Alecrim e Késya Alice Alecrim a forma mais eficaz e segura de efetuar a doação dos livros para a biblioteca. E o momento veio a calhar, pois a doação ocorreu na época do padroeiro, meus livros em espanhol acabaram de ficar prontos e a Biblioteca Municipal recentemente iniciou o SAV – Serviço de atendimento a distância, que entre muitas funções, desempenha o empréstimo de livros para a comunidade. E nada mais justo do que incentivar a leitura em meio a pandemia. A leitura é uma prática segura que as pessoas podem fazer sozinhas e que não só as entretêm, mas também as ensina, sobretudo um livro denso como o meu que evidencia o perigo e fragilidade que é algo que iguala a todos” – destaca.

Lançamento da versão em espanhol é a concretização de um sonho
“É muito trabalho duro! É surreal a quantidade de trabalho que é. As pessoas pensam que o trabalho é só escrever o livro e acabou, digo isso porque antes de tudo eu mesmo pensava assim. Mas não! Sobretudo dentro da pandemia. Todo mundo da equipe precisa de mim mais do que precisariam se fosse em tempos normais. São mil perguntas, são mil e-mails, ligações infindáveis… Quanto mais eu que procuro ter muito controle sobre a minha carreira. Eu não me deixo levar pelas variadas opiniões também. Eu gosto de ter o controle da situação. O lado ruim é que é muito trabalho, é trabalho para perder de vista. O lado bom é justamente ter a oportunidade de viver o meu sonho da maneira mais -eu mesmo- o possível. Eu acredito que quando nós fazemos as coisas os mais fiéis a nós mesmos o possível, a realização é capaz de ser mais completa. Ossos do ofício!” – disse.

Escritor critica o projeto do Poder Executivo em análise na Câmara dos Deputados sobre taxação dos livros
“Para mim, democratizar a literatura é algo importantíssimo. Eu estudei em instituições públicas a minha vida inteira. Se não fossem pelas bibliotecas dos lugares por onde passei, talvez eu teria crescido sem ler. Logo, não me tornaria escritor. É por isso que eu não vejo sentido nenhum na taxação dos livros. Dizer que só ricos leem é uma mentira descarada. Eu nunca fui uma pessoa privilegiada e devorei livros desde a minha infância graças aos lugares que democratizavam a leitura. E olha o que aconteceu… Hoje em dia eu sou escritor e estou retribuindo a minha comunidade e rompendo as montanhas. Sem a leitura, tantas coisas ruins poderiam ter acontecido comigo. Eu vi gente ao meu redor se destruir completamente, o que é forte influência para a narrativa do meu livro. Meu livro é um grande alerta por meio da literatura quando se trata de relacionamentos abusivos, dependência química e desigualdades sociais. A literatura é transformadora! A leitura me afastou de muitas coisas ruins porque ela sempre me ocupou de maneira produtiva. Encarecer livros é castrar histórias como a minha. Além de ser uma atitude cheia de justificativas mentirosas, é um erro gravíssimo! É algo que pode parecer que afeta só uma parcela da sociedade, mas todos saem prejudicados, já que o menino pobre que não lê hoje pode vir a ser o que rouba o seu celular de mais de 10 mil reais futuramente. Esse também é um dos motivos de eu efetuar a doação dos meus livros para a biblioteca. Deixar a arte disponível a todos, assim como aconteceu comigo lá atrás, para tentar afastar tais tragédias sociais” – frisa.

Carreira Internacional e parcerias impulsionam o sucesso de “O Mortiço”
A doação de livros que ocorreu no último final de semana contou com a presença da secretária de cultura Wânia, com o bibliotecário Pedro Cruz, com a tradutora do livro Gizele Henttyzy e com alguns parceiros do autor. A doação não seria possível sem a Veterinária e dona da clínica VetClin e sem o nutricionista João Marcos Alecrim. Ambos ajudaram a financiar a doação dos livros, além de serem grandes amigos e fazerem parte do projeto do livro desde bem antes de seu lançamento. “João Marcos Alecrim, inclusive, ajudou a fazer a playlist do livro em português e também a playlist do livro em espanhol ‘El Mortecino’ que está saindo do forno junto com o lançamento da versão traduzida do meu livro. Lembrando que a cantora Elza Soares fez publicações acerca da playlist do livro em português ano passado” – relembra o autor. E tal estratégia musical não para de render. No dia da doação dos livros, algumas músicas da playlist do livro em espanhol foram tocadas. Entre elas, a canção “Lost” da banda norte-americana “Boy Harsher”.

A banda publicou em seu perfil oficial do Instagram imagens da doação dos livros, o que firma ainda mais a carreira internacional do autor. Vale lembrar ainda que, tendo os Estados Unidos em pauta, exemplares de “O Mortiço” são comercializados em Miami desde 2020 por meio da Drag Queen Olga Dandelly, que comercializa o livro entre a comunidade brasileira de Miami e que em breve também estará comercializando a versão espanhola do livro. Não se limitando aos EUA, agora os livros de Persí são comercializados também na Europa, pois sua editora tem um polo na Espanha e passa agora a comercializar seu livro em português e em espanhol na península ibérica.

Para aqueles que desejam conhecer o trabalho de Antônio Júnior Persí, além de poder pegar empréstimos de seus livros pelo SAV da Biblioteca Municipal de São Fidélis. É possível também negociar exemplares físicos de “O Mortiço” e “El Mortecino” no Instagram do autor (@antoniojuniorpersi). Confira a Playlista da versão em espanhol AQUI. Clique AQUI para comprar o livro. Aproveitando a importante ocasião, o autor está disponibilizando um desconto de R$13,00 na versão digital de seu livro na Amazon que durará pelos próximos dias, clique AQUI para comprar.

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