Em estimativas preliminares, Aneel prevê reajuste médio de 21% nas contas de luz em 2022

A principal causa do aumento apontado é o acionamento das usinas termelétricas do país - um tipo de geração de energia mais cara - devido a crise hídrica

Em estimativas preliminares, a área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 pode ser de até 21,04% para tentar cobrir o rombo gerado pela crise energética ao longo de 2021. O Brasil vive atualmente a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Por conta disso, o governo teve que acionar as usinas termelétricas para garantir o fornecimento de eletricidade, o que aumentou o custo de produção de energia.

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A informação sobre o possível reajuste consta em ofício da superintendência de Gestão Tarifária da agência enviado à assessoria de diretoria. O ofício é do dia 5 de novembro. A informação foi divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. “Nesse contexto, nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%, quando avaliado todo o universo de custos das distribuidoras e incluídos esses impactos das medidas para enfrentamento da crise hídrica”, escreve Claudio Elias Carvalho, superintendente adjunto de gestão tarifária.

O reajuste de 21,04% é apenas uma estimativa preliminar. De acordo com a Aneel, essa estimativa foi baseada em cenários hipotéticos que ainda não consideram as medidas de atenuação tarifárias que serão implementadas em 2022. “O Brasil no último período úmido registrou o pior regime de chuvas dos últimos 91 anos. Em razão desse cenário adverso, para compensar o baixo nível dos reservatórios com a falta de chuva, têm sido utilizados todos os recursos de oferta de energia disponíveis e foram tomadas medidas excepcionais para assegurar o suprimento de energia no País”, disse a Aneel.

O órgão informou ainda que, no exercício de sua competência legal de regular o setor elétrico brasileiro, em observância às políticas públicas emanadas do Ministério de Minas e Energia – MME, tem envidado esforços para atenuar os impactos da escassez hídrica nos processos tarifários de 2022, a exemplo de todos os esforços que foram empreendidos nos anos de 2020 e 2021 e que permitiram que os impactos da pandemia no aumento das tarifas fossem significativamente reduzidos, em prol de toda a sociedade brasileira e da sustentabilidade do setor elétrico.

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