Moradores de São Fidélis, reféns da insegurança ao passar pela RJ-158, batizada por muitos de “rodovia do medo”, estão coletando assinaturas em um abaixo-assinado virtual para pedir a retirada dos quebra-molas instalados na rodovia, na altura da localidade de Itereré, no trecho entre São Fidélis e Campos. “Sou contra esse monte de quebra-molas na RJ-158. Não estão pensando em nossa segurança“, disse uma moradora ao assinar o abaixo-assinado. São pelo menos sete quebra-molas em um trecho de aproximadamente um quilômetro. Eles começaram a ser instalados na rodovia em setembro de 2016, após um grave acidente provocado por um desnível na rodovia. Ao invés de corrigir o desnível, o DER-RJ achou melhor e mais barato colocar quebra-molas.
Na ocasião, a condutora de um carro acabou perdendo o controle do veículo ao passar por um desnível na pista. O automóvel colidiu contra uma árvore, saiu da pista e pegou fogo. A motorista estava com suas duas filhas, uma delas, de 17 anos, ficou presa às ferragens e foi retirada por populares antes mesmo da chegada dos bombeiros pois o carro começou a pegar fogo. Após o acidente, moradores de Itereré fecharam a rodovia dois dias seguidos pedindo a instalação de quebra-molas. Para os moradores, as lombadas ajudaram a diminuir o número de acidentes, mas para os motoristas e moradores de São Fidélis, os quebra-molas passaram a ajudar os bandidos.
São inúmeros casos já registrados nas delegacias da região e noticiados aqui no SF Notícias, fora aqueles casos em que as vítimas decidem não registrar a ocorrência. Nesta semana mais uma moradora de São Fidélis foi alvo dos criminosos, que aproveitaram que ela reduziu a velocidade em um quebra-molas para abordá-la. A Fotojornalista Lúcia Alonso, de 38 anos, foi rendida, sequestrada e ameaçada. Ela teve uma arma apontada para o pescoço e foi obrigada a dirigir por cerca de 30 quilômetros com um bandido dentro do seu carro (reveja AQUI).
“Muitos assaltos e tentativas vêm ocorrendo nos trechos da estrada onde eles estão localizados, como noticiado na mídia local. O trecho já era conhecido pela insegurança, e após a instalação dos mesmos, a sensação de insegurança só aumentou. Além disso, estes não estão devidamente sinalizados (com placas inclusive escondidas atrás de árvores e sem nenhuma sinalização horizontal) e estão em desacordo com a velocidade máxima sinalizada na via e com a resolução 600/2016 do Contran“, diz um trecho do abaixo-assinado. Para assinar basta acessar AQUI. Até o fim da manhã desta quinta-feira (04), mais de 2.640 pessoas já haviam assinado.