Dia do professor: Conheça os desafios de novos profissionais da área

Hoje (15) se comemora o dia do professor, data que celebra o profissional que desempenha um papel de educador, por vezes conselheiro e com a convivência se torna amigo, e que para muitos, a experiência de ter sido ensinado por alguém que ama o que faz, consegue levar seu aprendizado para várias áreas da sua vida pessoal e em sociedade.

Para homenagear este profissional que presta serviço em favor do crescimento intelectual do indivíduo, o São Fidélis Notícias, buscou saber de pessoas que estão iniciando o caminho nessa profissão, sobre quais estão sendo seus principais desafios e conquistas como professor.

Fotos: Arquivo pessoal
Fotos: Arquivo pessoal

Em entrevista com a nossa reportagem, a professora do Centro Educacional Marita, recentemente formada no curso normal, Kimberly da Conceição Freixo, de 17 anos, relatou que no princípio ficou muito nervosa, por nunca antes ter entrado em uma sala de aula como professora, e essa experiência na prática, pra ela foi bem diferente dos estágios.

“Foi difícil, mas depois com o tempo fui me acostumando, mesmo que  no começo os meus alunos estranhavam por eu ser uma professora nova, e eles estarem acostumados com a professora antiga, consegui conquista-los e tudo melhorou.”  Lembrou Kimberly.

Ela leciona para sete crianças na educação infantil, com idades entre 3 a 4 anos. A educadora ainda conta, que na parte dos estágios, a formação de professor lhe auxiliou, pelo fato de que tudo que ela vivenciou no estágio, pode colocar em prática na sala de aula.

“Por enquanto não pretendo fazer outra coisa, quero ser professora por um bom tempo, por ter tomado gosto da profissão. Todos os momentos com meus alunos são marcantes pra mim, e quando eles começaram a ter confiança, foi muito especial, e a cada dia acontece essa troca de confiança, entre mim e meus alunos.” Terminou dizendo.

Nossa equipe também conversou com a recém formada do curso normal, Daniele Piedade Faria, de 20 anos, que trabalha com crianças especiais, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), conta que começou no início deste ano como auxiliar, mas dedicada especialmente para uma criança com síndrome de Down em outra instituição, mas já faz cerca de 4 meses que leciona na APAE.IMG-20141015-WA0009

“Minha maior dificuldade, levando em consideração que existe uma diferença entre um professor de escola regular com o de uma escola especializada, foi a dificuldade em conseguir lidar e educar os alunos, de acordo com as suas especificidades.” Diz ela.

A educadora ainda conta, que o seu momento mais marcante na profissão, foi quando ocorreu o acidente com um de seus alunos, que caiu na piscina da APAE, e pra ela foi difícil, ver um aluno que cuida todos os dias, pálido e desacordado, algo que a marcou muito, de forma negativa.

Também disse que a formação de professor, auxilia o profissional nos estágios, mas só que na sua opinião, o modo convencional não ajuda muito, pois o processo funciona em apenas olhar um professor dando aula. “Tomei iniciativa e fiz algumas coisas para ajudar a professora, então por isso esse processo me ajudou, mas se fosse ao contrário, não vale muita coisa, e a teoria não se aplica na prática.” Disse ela.

Na APAE, não existem turmas separadas e por isso todas os professores trabalham com todos os alunos, e em média são cerca de 100 crianças, entre jovens, adultos e idosos, com idades em média de 2 a 70 anos.

“Por eles terem uma memória curta, trabalhamos mais com oficinas de artesanato, música e pintura, tudo no mais lúdico possível. Eu não quero viver pra sempre nessa profissão, pois já faço faculdade de engenharia, mas eu não consigo me ver longe dessas crianças e da sala de aula, você pega um afeto enorme por eles, como se fossem filhos.” Daniele concluiu dizendo.

 

 

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