De olho no céu: Câmeras registram meteoro em Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana e outras cidades do RJ

A rocha espacial atingiu a atmosfera às 03:46h, horário de Brasília, da madrugada da segunda-feira (22)

Dezessete câmeras da empresa Clima ao Vivo e seis da parceira Bramon (Brazilian Meteor Observatory) no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo registraram um meteoro na madrugada desta segunda-feira (22/03). No Estado do Rio, o meteoro foi flagrado por câmeras em Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, Itaboraí, Três Rios, Rio Bonito, Angra dos Reis, Armação dos Búzios e Duque de Caxias. No vídeo é possível ver o meteoro cortando o céu das cidades. Em algumas, de forma mais visível, com a cauda, e em outras apenas uma bola luminosa.

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Segundo o astrônomo Marcelo Zurita da Bramon os asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em uma velocidade altíssima, algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando atingem a atmosfera da Terra nessa velocidade, mesmo fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia são capazes de aquecer instantaneamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso chamado de meteoro. “Então, o meteoro é apenas o fenômeno luminoso, nada mais. Meteoro não é sólido, não é líquido e nem gasoso, é apenas luz. Popularmente, o meteoro é também chamado de estrela cadente” – explica.

De acordo com a Clima ao Vivo, a rocha espacial atingiu a atmosfera às 03:46h, horário de Brasília, da madrugada da segunda-feira (22). Ele surgiu no céu a 79 Km de altitude sobre Guaratinguetá/SP e seguiu na direção nordeste em uma velocidade de 54,3 mil Km/h (15,1 Km/s), num ângulo de apenas 12° em relação ao solo. Ele percorreu a distância de 187 Km em 12,4 segundos, até desaparecer a 40,2 Km de altitude sobre a zona rural de Ibertioga/MG. Ainda segundo a empresa, quando um meteoroide atinge a atmosfera em um ângulo muito baixo, ele demora mais para atingir as camadas atmosféricas mais baixas e densas. Por isso, ele resiste por mais tempo e alcança uma enorme distância, permitindo que várias câmeras, de locais diferentes possam captá-lo. “No caso desse meteoro, o fato dele ser registrado em pelo menos 23 câmeras dos quatro estados da região Sudeste, parece ser um fato inédito no Brasil” – destaca.

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