Após morte por leptospirose, Pádua terá mutirão de conscientização e higienização

Em nota, Secretaria de Saúde do município orientou aos moradores

A Secretaria de Saúde de Santo Antônio de Pádua, em conjunto com o Hospital Hélio Montezano, divulgou uma nota orientando a população sobre características e como prevenir a leptospirose. Na manhã desta segunda-feira (06/05) um morador do município morreu diagnosticado com leptospirose.

Sávio Gomes Frauches era morador do bairro Divinéia. Ele deixou esposa e uma filha de apenas 4 anos. Sávio foi internado em um hospital de Pádua na última segunda-feira (29/04) com suspeita de Dengue, mas de quarta para quinta as plaquetas baixaram muito e passaram a suspeitar de meningite. Na quinta, pela manhã, ele foi transferido para Itaperuna, onde na manhã desta segunda sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. Exames feitos em Itaperuna diagnosticaram que Sávio estava com leptospirose.

Em respeito aos habitantes e comprometidos com a transparência, orientamos desde já que todos tomem os devidos cuidados e observem as características da doença, e como preveni-la. É importante ressaltar que a Leptospirose não é transmitida de pessoa a pessoa, ela é uma zoonose (transmitida do animal ao ser humano). Para lidar com a questão já foram acionadas a vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, secretaria de saúde e o Hospital Municipal Hélio Montezano de Oliveira, com propósito de começar o mutirão de conscientização e higienização na cidade, e a doença não se tornar uma epidemia. Será ainda transmitido nas rádios locais como utilidade pública, informes periódicos sobre o tema“, diz a nota.

Segundo moradores da Divinévia, que procuraram nossa redação, o bairro possui muitos terrenos abandonados, locais com lixo acumulado e muitos ratos. Uma familiar de Sávio também disse que o bairro possui muitos ratos.

Sintomas
São parecidos com os de outras doenças como gripe, febre amarela, dengue, malária, hantavirose e hepatites. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna). Em 10% dos casos, pode ocorrer a forma grave da doença, com o aparecimento de icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas) por insuficiência hepática, manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos em nariz, gengivas e pulmões) e comprometimento dos rins. A evolução para o coma e a morte pode ocorrer em cerca de 10% das formas graves. Os primeiros sintomas aparecem de dois a 30 dias depois do contato com a contaminação. Na maior parte dos casos, aparece sete a 14 dias após o contato.

Transmissão
A transmissão ocorre, principalmente, através do contato com a água ou lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores, sobretudo os ratos. A penetração da Leptospira no corpo, através da pele, é facilitada pela presença de algum ferimento ou arranhão. Também pode ser transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados.

Prevenção
Evitar o contato com água ou lama que possam estar contaminados pela urina de rato. Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto) e melhorias nas habitações humanas também ajudam na prevenção.

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