Análises identificam casos da variante da Covid-19 mais contagiosa em Aperibé e Macaé

Variante brasileira da Covid-19, chamada de P1, é considera mais contagiosa

As prefeituras de Aperibé e Macaé confirmaram que foram identificadas, por análises realizadas por laboratório do Governo do Estado em parceria com a Fiocruz, a presença em pacientes desses municípios da linhagem brasileira mais contagiosa do coronavírus e que foi identificada inicialmente em Manaus. Em Aperibé, a Secretaria Municipal de Saúde informou que foram encontrados três casos da variante brasileira, chamada de P1. A variante é mais contagiosa e mais transmissível.

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“Desta forma, é imprescindível que a população redobre os cuidados para evitar a continuação. Lavem sempre as mãos com água e sabão, usem máscara e mantenham o distanciamento social. Pedimos a colaboração de todos para que juntos possamos minimizar os danos causados por esse vírus”, diz a nota da Secretaria de Saúde de Aperibé. De acordo com o último boletim divulgado, desde o início da pandemia foram confirmados 1.029 casos de Covid-19 em Aperibé, sendo que 18 moradores perderam a vida.

Em Macaé
Já em Macaé, a prefeitura informou que a transmissão da variante “P1” em pacientes infectados pela Covid-19 em Macaé foi confirmada. Segundo a nota, o resultado confirma os dados clínicos identificados pela rede municipal de assistência aos pacientes da Covid-19, que apontam um novo perfil de contágio e evolução de sintomas para quadros mais severos da doença, em pessoas com idade produtiva (abaixo de 60 anos) e sem comorbidade.

“A nossa equipe identificou uma nova dinâmica da doença nos pacientes infectados após o período do Carnaval. O perfil de evolução da doença para quadro grave, já no estágio inicial de infecção, apresentava para nós a presença desta variante, o que está confirmado nas análises”, destaca a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde, Lisa Chagas.

As análises foram coletadas através de uma pesquisa de variante aleatória, em pacientes internados na cidade nos dias 28 de fevereiro e 18 de março deste ano. O material foi enviado ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), referência para o governo do Estado nos estudos sobre a evolução da pandemia, e também à Fiocruz. “A confirmação da variante nos ajuda a identificar também o resultado das ações traçadas pelo município para reduzir o contágio e de assistência aos pacientes graves”, aponta Lisa.

Para auxiliar no monitoramento da pandemia, Macaé estabeleceu parceria com o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade/Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem-UFRJ) que mantém pesquisas através de testagem com antígenos que ajudam a identificar de forma mais rápida e precisa novos pacientes positivos.

A variante P1 tem a mutação E484K, que poderia gerar mais reinfecções do que outras cepas, segundo alguns estudos, porque demanda mais anticorpos para resistir ao vírus. Ela surgiu em Manaus, mas só foi identificada como variante no Japão, em viajantes que voltaram da região amazônica.

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