Vídeo: Rio Muriaé inunda várias ruas de Itaperuna e deixa desalojados e desabrigados

Um funcionário da Secretaria de Obras que estava cortando uma árvore que poderia atingir uma casa no bairro Matadouro ficou ferido após a árvore ter caído com ele. Ele quebrou duas costelas e está internado na UPA

imagens: Prefeitura – redes sociais – @dronecidade

O nível do Rio Muriaé segue subindo em Itaperuna, maior cidade do Noroeste Fluminense. Segundo a assessoria de imprensa do município, na medição ocorrida às 09h15min, desta segunda-feira (10), a cota encontra-se em 5,18m, sendo que a cota de inundação é de 4 metros. Várias ruas de Itaperuna estão inundadas e foram interditadas.

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“O nível da água está subindo muito rápido, por isso, orientamos aos moradores das áreas de risco que levantem seus móveis e procurem lugares seguros para ficar durante essa semana. Ainda vamos receber muita água. Precisamos prevenir a população”, disse o secretário de Defesa Civil de Itaperuna, Aloisio Freitas Luz, o Major Luz. Segundo a Secretaria de Assistência Social, até o início da noite deste domingo foram realizados 45 atendimentos nos Centros de Referência de Assistência Social, os Cras, onde 106 pessoas de 47 casas foram afetadas pela enchente, fechando o dia com 40 desalojados, dois moradores da área urbana desabrigados, além de 12 pessoas desabrigadas no distrito de Retiro do Muriaé.

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Os pontos da cidade interditados foram: Avenida Senador Sá Tinoco, a Beira-Rio, Rua Maria Viana Sobral, na Cehab, um trecho da Rua Sete de Setembro, no Centro, trecho da Rua Bonifácio Alonso, próximo ao Corpo de Bombeiros, no Matadouro, início das Ruas Júlio César e 10 de Maio, próximas ao Centro de Saúde Dr. Raul Travassos, no Centro e Rua General Osório, no Centro. Neste último ponto, o trânsito segue em sistema de Pare e Siga na parte de cima do asfalto.

Para acompanhar e atender as demandas do município, a Prefeitura de Itaperuna, através da equipe do Gabinete de Crise, montada na sede da Secretaria de Defesa Civil, no bairro Aeroporto, mantém plantão durante 24 horas por dia. A força tarefa entre as Secretarias de Defesa Civil, Saúde, Obras, Assistência Social, Educação, Agricultura e Meio Ambiente, deu início na madrugada de domingo. Já nas primeiras horas da manhã, as equipes da Secretaria de Obras estavam retirando lamas e entulhos de alguns trechos, além de colaborar com moradores que necessitavam fazer mudança ou levantar seus móveis.

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Na área rural, de acordo com o subsecretário de Agricultura, Cláudio Nuss, o Bolinha, mais de 800 quilômetros de estradas vicinais foram prejudicadas por conta das chuvas e enchente. O município possui cerca 1.200 quilômetros de estrada rural. Algumas áreas mais afetadas são Itajara, Serrinha, Concórdia, Limeira, São Miguel, Avaí, entre outras.

O Pronto-Socorro de Urgência, o PU, foi transferido para o prédio da antiga Maternidade Santa Terezinha, onde funcionou o Hospital da Covid, no Centro, onde haverá atendimento ao público a partir desta segunda-feira, 10 de janeiro. Os atendimentos continuam normais na Unidade de Pronto Atendimento, na UPA, durante 24 horas.  De acordo com a secretária da pasta, Adriana Levone, os atendimentos continuam em todos as Unidades Básicas de Saúde, inclusive com a aplicação das doses de vacina contra a Covid-19 e gripe.

O transporte público da cidade também foi atingido e está utilizando de rotas alternativas para o trajeto que pode ser acompanhado em tempo real pelo app CittaMobi. Segundo o prefeito Alfredo Paulo Marques, o Alfredão, a equipe está unida e se esforçando para atender todas as demandas. “Nossas equipes vão continuar de plantão durante 24 horas por dias até essa enchente passar. Não vamos descansar até que tudo se normalize. Qualquer pessoa que necessitar de ajuda, pode entrar em contato”, disse o prefeito, que acompanhou diversas visitas das equipes durante o dia.

Um funcionário da secretaria de obras que estava cortando uma árvore que poderia atingir uma casa no bairro Matadouro ficou ferido após a árvore ter caído com ele. Ele quebrou duas costelas e está internado na UPA, mas passa bem.

O governador Cláudio Castro e o secretário Estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros RJ, coronel Leandro Monteiro, monitoram as chuvas que atingem o território fluminense desde quinta-feira (06/01). “Estamos em contato permanente com os municípios. Toda a estrutura do Estado está mobilizada para atuar em apoio às cidades afetadas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros RJ trabalham incansavelmente para prevenir e minimizar danos causados pelas precipitações. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) monitora as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos, enviando alertas para as regiões e para a população”, afirmou o governador Cláudio Castro.

Na Região Norte/Noroeste do Estado, a Sedec-RJ acompanha o aumento de nível dos rios e a atuação das Defesas Civis municipais frente aos prejuízos causados. Nas últimas horas, foram registrados transbordos dos rios Muriaé, Carangola, Itabapoana e Pomba, causando alagamentos pontuais em Itaperuna, Natividade, Porciúncula, Bom Jesus do Itabapoana, Itaocara, Italva, Laje do Muriaé, Cambuci e Santo Antônio de Pádua.

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