Um dia emocionante, que vai ficar marcado na memória de Eddy Banca e dos voluntários do projeto Montanha Solidária. Essa foi a primeira vez que Eddy subiu uma montanha, e não foi qualquer uma, foi simplesmente o segundo pico mais alto da Serra do Mar. Algo que pode ser simples para muitos, mas para Eddy, que é cadeirante, foi um sentimento inexplicável.
Com 2.257 metros de altitude, o Pico do Caledônia, fica entre as cidades de Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu, no Parque Estadual dos Três Picos (PETP), administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Essa foi a primeira vez que o pico recebeu um cadeirante.
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“Subir o Pico do Caledônia foi um desafio que eu jamais poderia ter enfrentado sem o apoio e a dedicação de cada um de vocês. E não foi apenas uma subida, foi uma jornada que entrou para a história como a primeira conquista de um deficiente no topo dessa montanha imponente, uma experiência incrível que, com certeza, ficará gravada na história de todos nós”, destacou.
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Ele se refere aos voluntários do projeto Montanha Solidária. O feito só foi possível com apoio constante. O parque disponibilizou carros e guarda-parques. A operação conseguiu ser bem-sucedida também por conta da participação de 26 voluntários e da cadeira de acessibilidade da Região Serrana, apelidada de Cadeira Julietti. O projeto visa a inclusão e o acesso a pessoas com algum tipo de deficiência a locais de difícil alcance, como trilhas e picos montanhosos, e pretende continuar buscando formas inovadoras de tornar essas atividades acessíveis a todos.
Para o presidente do Inea, Philipe Campello, apoiar iniciativas deste tipo é oportunidade de trabalhar a inclusão e acessibilidade para todos os cidadãos e a preservação da natureza. “A inclusão é essencial para promovermos a equidade e a participação de todos na construção de um futuro sustentável. No Inea, buscamos ampliar oportunidades para que todas as pessoas possam contribuir e vivenciar experiências significativas na proteção e preservação do meio ambiente. A diversidade fortalece nossa missão e nos impulsiona a criar um ambiente mais acessível e inclusivo para todos”, destacou Campello.
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Sobre a unidade de conservação
Com 65.113,04 hectares de Mata Atlântica, o Parque Estadual dos Três Picos, maior unidade de conservação do Estado do Rio, abrange parte dos municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim.
A unidade de conservação foi criada com o objetivo de assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica da porção fluminense da Serra do Mar; integrar o corredor ecológico central da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro; preservar nascentes e recursos hídricos que abastecem cidades vizinhas além de preservar espécies de fauna do bioma.
Dentro dos limites do Parque Estadual dos Três Picos encontra-se o mais elevado índice de biodiversidade de todo o estado do Rio de Janeiro, o que em parte se explica pela variação de altitudes: de 100 até os 2.366 metros do Pico Maior. O parque é reconhecido internacionalmente como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area), ou seja, uma área prioritária para conservação da biodiversidade de aves, pela BirdLife International.
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