Nessa semana um vídeo emocionou quem acompanhou o caso do bebê Dominick, que foi brutalmente agredido quando tinha apenas 02 meses, em São Fidélis. As imagens dos primeiros passos do Dom foram compartilhadas pelo tio, Agnaldo Rangel, que ao longo da internação do menino manteve amigos, familiares e todos que se sensibilizaram com a história informados pelas redes sociais. Confira o vídeo em nosso Insta >> @sfnoticias
“Quero compartilhar com todos amigos, muito emocionante, primeiros passos do nosso Dom!” – publicou Agnaldo. Ao SF Notícias ele afirmou que o menino virou um símbolo do verdadeiro milagre de Deus. “Passar o que ele passou e lutar como ele lutou pela vida, isso nos motiva a querer viver mais a cada dia, a acompanhar cada passo da vida dele… ele estava mostrando que iria dar os primeiros passos, porém estava com medo, quando ele soltou o sofá e veio de encontro a mãe (tia que está com a guarda do pequeno), foi uma alegria como se o Brasil ganhasse a copa do mundo, vibramos muito e ainda me emociono quando vejo a filmagem, aquilo não foi um simples passo, foi mais uma vitória dessa criança abençoada por Deus” – disse.
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Desde que teve alta e mesmo durante a internação, o pequeno Dominick vem recebendo aquilo que toda a criança merece: muito amor e carinho. Ainda segundo o tio, os exames mostram até o momento que ele não tem sequelas. Dom passou mais de 60 dias internado, sendo 55 deles na Unidade de Terapia Intensiva Infantil. Ele recebeu alta do Hospital Ferreira Machado, em Campos, no dia 09 de junho do ano passado.
Relembre o caso
O caso aconteceu no dia 02 de abril de 2021. De acordo com o exame de corpo delito realizado dentro da UTI pediátrica do Hospital Ferreira Machado, segundo a sentença, constatou-se que a vítima vinha sofrendo constantes atos de violência, pois o bebê “apresentava várias equimoses pelo corpo, em forma de arco, compatíveis com mordedura humana, e com tonalidades diversas (do vermelho-violáceo à amarelado), indicando que as lesões foram feitas em épocas distintas e que a criança estava sofrendo traumas pelo menos nos doze dias anteriores ao fato”. O laudo tomográfico constatou ainda a existência de derrames pulmonares e pleurais, bem como fratura de múltiplos arcos costais bilaterais.
Conforme apurado com fontes ouvidas pelo SF Notícias, no dia do ocorrido, a mãe, contou uma versão que não convenceu a polícia. Ela disse que o marido, de 20 anos, e como ele estava demorando, ela saiu juntamente com a criança atrás dele. Ainda segundo a versão, no caminho ela teria sido abordada por quatro homens que estariam em um carro, e foi ameaçada com uma arma a entrar no veículo. Já dentro do carro os ocupantes teriam agredido apenas o bebê.
A mãe disse ainda que após a agressão ela e o menino foram deixados na Praça da estação, no Centro, e ela voltou para casa com medo, mas o delegado não acreditou na versão. “Versão nitidamente fantasiosa, não merecendo qualquer credibilidade quanto aos respectivos conteúdos, denotando-se ter ocorrido emprego de violência com intenso sofrimento para a vítima (criança), resultando lesão corporal de alta gravidade”, disse o delegado Dr. Carlos Augusto, no dia do ocorrido.
Durante o registro de ocorrência na delegacia, o pai do bebê acabou confessando que havia agredido o menino. O motivo das agressões foi o fato de o bebê estar chorando muito durante a noite. O Juiz Marcio Roberto da Costa condenou a 15 anos de prisão o pai do menino, João Carlos Loyola Vieira pelo crime de tortura e agravantes. Já a mãe, Ana Carolina de Souza Felix foi condenada a 5 anos e 6 meses de reclusão. Foi determinado o cumprimento de pena em regime fechado para o pai e regime semiaberto para a mãe. Na sentença, o juiz determinou ainda a destituição do poder familiar para ambos.
