Verão começa hoje: previsão de calor acima do normal e chuva um pouco abaixo da média

Somente para março está prevista chuva acima da média normal para o estado do Rio

O verão é normalmente a estação mais úmida e quente na Região Sudeste. A chuva forte e frequente é provocada por grandes nuvens cumulonimbus que se formam a partir da grande disponibilidade de calor e de umidade, e também por sistemas organizados como frentes frias e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Outro sistema meteorológico que pode influenciar o Sudeste nos verões, e atua como redutor da chuva, é o Anticiclone (ou Alta) Subtropical do Atlântico Sul, conhecido como ASAS.

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Em alguns anos, a chuva e a temperatura do verão também podem ser influenciados por fenômenos como El Niño e La Niña. Os verões de 2020 e de 2021 tiveram a influência do La Niña, que aumentaram a chuva especialmente no centro, norte e leste de Minas Gerais, no Espírito Santo, na região Serrana e no Norte/Noroeste do Rio De Janeiro. Mas, o verão de 2023 vai marcar o fim de um longo episódio de La Niña. A estação começa com o oceano Pacífico Equatorial Centro-leste em condição de La Niña, mas terminará em neutralidade.

Segundo a Climatempo, um novo episódio de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) está sendo esperado para janeiro de 2023 e a previsão é de que se forme na primeira quinzena do mês. O eixo da ZCAS de janeiro deve ficar posicionado entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em fevereiro é pouco provável que ocorra alguma organização de ZCAS, mas o sistema deve voltar a se formar durante o mês de março, com maior atividade ao norte e leste da Região Sudeste.

Outra grande diferença do verão 2023 é que o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) estará mais próximo do Brasil e vai influenciar o padrão de chuva e de temperatura no Sudeste em parte de janeiro e principalmente durante o mês de fevereiro de 2023.

Previsão para janeiro de 2023

Para janeiro de 2023, a Climatempo prevê que chova um pouco acima da média normal no sul do Rio de Janeiro. As regiões do Médio Paraíba Fluminense, sul de Minas e do Triângulo Mineiro devem ter um volume de chuva dentro da média normal. Já o centro e norte do estado do Rio de Janeiro, incluindo a Região Serrana e o Grande Rio, devem terminar janeiro com um pouco menos de chuva do que a média. A temperatura deve ficar um pouco acima da média em janeiro.

Previsão para fevereiro de 2023

Em fevereiro de 2023, o sistema de Alta Pressão Atmosférica do Atlântico Sul (ASAS) deve se aproximar mais do Brasil. Embora não haja previsão de bloqueio atmosférico clássico, nem em força e nem em persistência, a proximidade do ASAS vai afetar diretamente o Sudeste, reduzindo as condições para formação e permanência de áreas de instabilidade.

As pancadas de chuva devem ocorrer em resposta ao grande aquecimento da atmosfera, mas de forma irregular. As áreas do Sudeste mais afetadas pela aproximação do ASAS serão o Espírito Santo, o centro-norte do Rio de Janeiro e o centro, norte e leste de Minas Gerais. O ASAS também vai reduzir a frequência da chuva nas áreas litorâneas, o que pode resultar em temperaturas muito altas em alguns dias. O calor deve ser intenso ao longo do mês em todo o Sudeste. A previsão é de que o mês termine com temperaturas um pouco acima da média em todo o Rio de Janeiro.

Previsão para março de 2023

Em março de 2023, espera-se a organização de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul, com eixo entre Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. As áreas de instabilidade da ZCAS devem influenciar Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, fazendo com que estes três estados tenham mais chuva do que a média normal para março. A região do litoral norte de São Paulo e áreas do Vale do Paraíba paulista, mais próximas ao Rio de Janeiro, também devem ter um março com mais chuva do que o normal. As temperaturas devem ficar um pouco acima da média.

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